O Lula livre, abrindo a estrada para o ex-presidente percorrer o País na campanha municipal, exclui do papel a teoria de que o partido dispute com candidato próprio as prefeituras das principais capitais, deixando de ser coadjuvante, como acontece, hoje, no Recife.
Neste caso, a pré-candidata Marília Arraes, que já aparece bem situada nas pesquisas, ganha aderência, excluindo a possibilidade do candidato do PSB, João Campos, de fechar a sua chapa com um petista na vice. O Lula livre terá reflexos em todas as capitais, sobretudo nas do Nordeste, onde o ex-presidente ainda tem eleitorado cativo.
Vice do MDB – O Lula livre muda a configuração da composição da chapa do PSB no Recife. Hoje, o PSB trabalha com a hipótese de oferecer a vice de João Campos para o PT, sendo Dílson Peixoto, secretário estadual de Agricultura por indicação do senador Humberto Costa, o preferido. Restará ao PSB negociar o vice com o MDB do senador Jarbas Vasconcelos. O Lula livre dá uma reviravolta.
Com Gadelha – Caso Lula não seja livre, as chances do pré-candidato do PDT a prefeito do Recife, Túlio Gadelha, de ganhar o apoio da corrente petista liderada pela deputada Marília Arraes, aumentam bastante. Aí se configura a chamada aliança branca, porque Gadelha não contará com a soma do tempo do PT na propaganda eleitoral. Rede, PV e PSol já paqueram o pedetista.
Triplo erro – Quando eleito em 2002, Lula pediu conselhos a Sarney. Com mais de 50 anos de poder, a velha raposa respondeu que presidente da República não precisa de conselhos, mas arriscou. “Existem três cargos que não se pode errar: diretor da PF, secretário da RF e procurador-geral da República. Tempos depois, Lula desabafou para Sarney: “Aquela nossa conversa não me sai da cabeça. Errei nos três”.
Destravar – Um dos compromissos assumidos pelo procurador Augusto Aras que mais agradaram a Bolsonaro nas conversas que antecederam sua escolha para a PGR teria sido o de trabalhar para destravar projetos de infraestrutura paralisados por falta de licença ambiental e outros obstáculos impostos pelo MP.
Bronca – A indicação do novo presidente da Codevasf, o desconhecido Marcelo Andrade Moreira Pinto, provocou uma gritaria geral no DEM, partido que o apadrinhou. Foi sugestão pessoal do líder na Câmara, o baiano Elmar Nascimento, mas nem mesmo o presidente ACM Neto gostou.
PATRULHAMENTO – Carlos Bolsonaro, filho mais influente do presidente, recebeu nova missão do pai: vasculhar as redes sociais para uma triagem ideológica das contratações na Esplanada dos Ministérios. Quando descobre sombras de “desvio”, envia ordens ao ministro para exonerar o escolhido.
Perguntar não ofende: Até quando o presidente Bolsonaro vai governar fazendo patrulhamento ideológico?
Do Blog do Magno
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