A nova redação das políticas de privacidade da Microsoft agora admite que ela usa pessoas no processamento de dados para “revisar algumas das predições e inferências produzida pelos métodos automatizados utilizados nos dados de onde essas análises foram feitas”. Entre essas revisões, pequenas “amostras de dados e voz”.
Em termos menos técnicos, os processamentos de dados coletados pela empresa para gerar análises e sugestões não ocorrem somente em sistemas automatizados, como algoritmos, mas também com pessoas ouvindo e conferindo o que os usuários falam ao fazer uma ligação de Skype ou uma consulta à assistente virtual Cortana.
Tal mudança ocorreu, contudo, sem grande divulgação juntamente aos usuários, que muitas vezes não sabem que ao usar esses serviços estarão sujeitos a esse tipo de vigilância pela empresa. O que é feito com esse monitoramento também fica pouco claro, com finalidades como “mostrar anúncios do seu interesse” e “proteger e melhorar continuamente sua experiência”.
Prática comum
A prática de não apenas coletar, mas colocar pessoas para ouvir e monitorar mensagens de áudio de usuários vem sendo apontada como algo adotado por diversas empresas. Nesta semana, a Secretaria do Consumidor do Ministério da Justiça abriu uma investigação contra o Facebook depois que denúncias revelaram esse tipo de vigilância pela rede social, o que foi admitido pelos dirigentes da companhia.
O Google também reconheceu recentemente que ouvia as conversas de usuários depois de denúncias de veículos de comunicação. Após isso, a empresa informou que cessaria esse tipo de conduta.
Agência Brasil
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