domingo, agosto 18, 2019

Crise impulsiona comércio de produtos usados no Brasil, mostra estudo

Seis em cada 10 consumidores realizaram compras de algum item de segunda mão nos últimos 12 meses

Com a economia fraca e o desemprego elevado, o mercado de compra e venda de usados está em alta no Brasil. De acordo com levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), seis em cada 10 consumidores realizaram compras de algum item de segunda mão nos últimos 12 meses, ou seja, 62% do total de entrevistados. E a maioria, 96%, ficou satisfeita.

A pesquisa mostra que os produtos mais procurados foram os livros e móveis, com 51% e 50% das respostas. Mas automóveis (49%), celulares (49%), eletrônicos (46%) e eletrodomésticos (46%) também estiveram entre os mais comprados. A tecnologia facilitou o contato entre compradores e vendedores de produtos de segunda mão e tornou as negociações mais rápidas e mais seguras, pelo acesso por aplicativos ou sites especializados (69%) e redes sociais (54%). Foram ouvidos 837 consumidores acima de 18 anos, de ambos os gêneros, de todas as classes sociais residentes nas 27 capitais do país.

Na avaliação do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, a participação dos dispositivos móveis nas compras pela internet deve crescer ainda mais. “Comprar pelo celular ficará cada vez mais fácil. O varejo tem pela frente um enorme potencial de desenvolver experiências customizadas para esse consumidor”, observa.

Colaboração

O levantamento aponta ainda que, em alguns casos, o usado é tão mais vantajoso, que se torna a primeira opção e a maioria (79%) verifica se o item está em bom estado antes de optar por um novo. Outra experiência detectada pela enquete foram as práticas de consumo colaborativo (trocas e compartilhamento). De acordo com o estudo, 74% dos entrevistados já experimentaram essa modalidade e, para 88% dos consumidores, o compartilhamento é um caminho sem volta. Nesse caso, o coworking, que consiste no compartilhamento do espaço físico de trabalho, foi apontado por 61% das respostas como uma tendência, seguido por aluguel ou troca de brinquedos (59%) e hospedagem de animais de estimação na casa de terceiros (59%).

Entre os que já são adeptos de ferramentas colaborativas, as experiências mais comuns são as caronas para trabalho, faculdade, passeios ou viagem (42%); aluguel de residências para curtas temporadas (38%), além do compartilhamento e da locação de roupas (33%).

Correio Braziliense

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