Após reunião com líderes partidários, nesta quarta-feira (3/7), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que não houve acordo para flexibilizar regras para policiais na reforma da Previdência, como tentou o presidente Jair Bolsonaro, que acionou ministros para realizar uma articulação nesse sentido. A idade mínima da categoria continuará sendo de 55 anos, para homens e mulheres, como prevista no parecer do relator, Samuel Moreira (PSDB-SP). O texto deve ser votado ainda na noite desta quarta na Comissão Especial.
"Em relação aos policiais, não teve acordo. Vai ficar 55 anos para policiais homens e mulheres", garantiu Maia, após o encontro, realizado na Residência Oficial da Presidência da Câmara. Policiais federais, rodoviários federais e legislativos pediam que caísse para 52 anos a idade mínima de aposentadoria para as mulheres.
A regra de transição também continuará a mesma, com a opção de cobrança de pedágio de 100% sobre o tempo que falta para a aposentadoria. Os policiais pediam a mesma exigida às Forças Armadas, de 17%, prevista no projeto de lei específico da categoria.
Maia disse que os destaques sugeridos pelo PSL, partido de Jair Bolsonaro, ao texto do relator para flexibilizar as regras dos policiais não devem ser mantidos. "Se não há acordo, é inócuo a gente incluir algo que não interessa aqueles que apresentaram destaque e derruba toda a participação dessas categorias na reforma da Previdência", comentou.
"Não acredito que o governo esteja trabalhando, já que não houve acordo, não vai trabalhar para o destaque ser aprovado e derrubar as categorias do texto", acrescentou o presidente da Câmara. Insistir na mudança "será uma sinalização muito ruim, depois, no Plenário, porque, se uma categoria sair, vão sair todas", alertou.
Por Correio Braziliense
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