O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) desencadeou, nesta terça-feira (23), a Operação Greed, para prender suspeitos de envolvimento em um esquema que teria desviado, a princípio, R$ 2,5 milhões em recursos do Instituto de Previdência Municipal de Orobó (Ipreo), no Agreste do estado. Foram emitidos cinco mandados de prisão e 12 de busca e apreensão.
A operação tem relação com a realizada em novembro de 2018, quando o ex-presidente do instituto, a esposa dele e amigos foram presostemporariamente suspeitos de envolvimento no esquema de concessão de aposentadorias fraudulentas ou inexistentes.
A ação desta terça é comandada pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPPE) com apoio da Polícia Militar. Além de mandados em Orobó, foram emitidos outros para serem cumpridos no Recife, Abreu e Lima, Paulista e Vitória de Santo Antão.
Também há mandados para João Pessoa, na Paraíba, com apoio do Gaeco do Ministério Público da Paraíba, e em Santa Catarina, com apoio da unidade do MP catarinense em Chapecó. Não foi informado se os mandados para essas localidades são de busca ou de prisão, nem o nome dos alvos.
O balanço da operação, com outros detalhes e informações sobre os alvos, só deve ocorrer na quarta-feira (24).
Investigação anterior
O esquema criminoso alvo da operação desta terça é acompanhado pelo MPPE desde 2015. Segundo os investigadores, o esquema consiste na concessão de aposentadorias fraudadas ou inexistentes em benefício do ex-presidente do Instituto de Previdência, Gustavo José da Silva, da esposa dele, Mirian Gizele de Abreu, e de três amigos íntimos do casal.
Os cinco tiveram mandados de prisão temporária emitidos em novembro de 2018. Segundo os investigadores, o presidente do Ipreo desviava verba das aposentadorias dos servidores da cidade para a esposa e amigos.
A investigação teve início quando funcionários públicos informaram ao Ministério Público sobre a falta de resposta de pedidos de aposentadoria e também que estavam sendo incluídas pessoas jovens, que não são funcionárias públicas e sequer tinham idade para se aposentar.
O MPPE aponta que a organização criminosa utilizava de contatos com empresas para realizar a lavagem de dinheiro, escondendo a origem dos recursos.
Por G1 PE
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