Decisão que suspende investigação sobre Flávio Bolsonaro pode beneficiar defesa do médium João de Deus
"Num caso houve informação direta do Coaf para o MP e pode gerar questionamento", diz o advogado Alberto Toron, que comanda a defesa do médium. Segundo ele, cabe questionamento com relação ao caso que apura lavagem de dinheiro. "Penso que apenas em relação ao que apura a própria lavagem."
Réu em oito processos por violência sexual contra quase uma centena de mulheres e preso há quase sete meses no complexo penitenciário de Aparecida de Goiânia, João de Deus é suspeito ainda de construir um "império" por meio da extorsão de seguidores, lavagem de dinheiro e prática de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional. Um relatório feito pela força-tarefa que investiga o caso aponta João de Deus como chefe de uma organização criminosa.
As provas incluem dois relatórios do Coaf que detalham transações milionárias nas contas do médium e seus aliados, além de e-mails entre membros do grupo, depoimentos de testemunhas e escrituras de imóveis. Os investigadores suspeitam que o médium possa ter acumulado ilegalmente milhões de reais por mais de três décadas.
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