Porcos em propriedade de Petrolina — Foto: Reprodução/ TV Grande Rio
Desde outubro do ano passado vem surgindo focos da doença. Já foram registrados 63 focos da peste suína, sendo 47 no Ceará e 16 no Piauí. O último caso foi confirmado no dia 05 de julho. Pernambuco não tem notificação de foco de peste suína clássica.
Segundo a Adagro, Pernambuco possui cerca de 37 mil propriedades com suínos. José Filho da Cruz cria porcos na propriedade dele que fica no projeto Maria Tereza em Petrolina. Ele tem cerca de 60 animais, cruzamentos entre raças como piau, sulafricano e landrace. São suínos adultos e filhotes.
Desde que ficou sabendo dos casos confirmados da peste suína em outros estados do nordeste, o criador teme que a doença chegue à sua propriedade. “Crio desde de 77, dos 18 anos pra cá eu crio, meu pai me ensinou e eu ser caba da roça. A maior preocupação que eu tenho é a gente não poder criar um suínozinho, que mais a gente gosta. Quando eu soube disso até o Dr. Geraldo falou que até os carros se andarem na fazenda que tenha sujeito, tem que lavar os pneus. É um foco bem ruim para o produtor”, conta José.
Pernambuco faz divisa com os estados do Piauí e do Ceará que tiveram casos confirmados da doença. “A nossa preocupação é como nós temos uma grande fronteira com esses dois estados que produtores visitando esses estados tragam a doença para o estado de Pernambuco. A principal medida de prevenção é evitar o contato com animais e com pessoas que tiveram contato com essas propriedades que existem os focos”, explica o fiscal da Adagro, Geraldo Miranda.
Os principais sintomas detectados nos animais que estão com a doença são: falta de apetite, tosse, diarreia e tremores. A peste suína clássica é uma doença viral contagiosa, com mortalidade elevada, que afeta suínos domésticos e selvagens, mas não oferece riscos à saúde humana e nem afeta outras espécies.
“É um doença transmitida por contato, a gente precisa que os produtores tenham consciência para não fazerem a introdução da doença. Porque não é só contato com os animais, até veículos que entrem em propriedade que tenham foco, o vírus pode sobreviver de 15 a 20 dias nas fezes dos suínos. Então veículos, sapatos, e roupas podem fazer a introdução”, esclarece Miranda.
Para evitar que a peste suína clássica chegue ao estado de Pernambuco, a Adagro está fazendo um trabalho de monitoramento nas propriedades que ficam na fronteira com o Piauí e com o Ceará. “No mês de novembro, várias equipes foram deslocadas para a região de fronteira com o ceará, realizando visitas em propriedades de criadores de suínos fazendo orientações aos produtores, foram feitas blitzes também para orientação dos transportadores de animais e a maior intensificação das ações são na Educação Sanitária”, relata Miranda.
Por G1 Petrolina
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