Para o senador Álvaro Dias (Podemos-PR), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, saiu fortalecido após as nove horas de audiência que enfrentou no Senado nesta quarta-feira (19).
— Ele sai com a serenidade dos justos. Supera esse vendaval que pretenderam instalar no País com a tranquilidade de quem é correto. E certamente sai fortalecido.
A avaliação do parlamentar é que a crise após a divulgação de supostas conversas entre Moro e o coordenador da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol pelo site The Intercept Brasil não chegou a se instalar no País. E que os supostos diálogos devem ser vistos como "atestado de boa conduta".
— A crise não se instalou. Foi prometida uma bomba e o que se viu foi um traque, sem força alguma. Esses diálogos, ao contrário de condenar o ministro, de incriminar o juiz e o procurador, devem ser encarados como atestado de boa conduta. Os diálogos mostram que eles estavam cumprindo o seu dever. Combatendo uma organização criminosa. Estabelecendo uma cooperação que a legislação de combate ao crime organizado possibilita. Que é a cooperação entres as instituições nacionais, estaduais e municipais. Não há nada de ilegal, não há possibilidade de alteração de decisões judiciais competentes que foram consagradas inclusive em vários tribunais.
Durante a audiência, o senador Cid Gomes (PDT-CE) sugeriu a criação da CPI para investigar tanto quem hackeou quanto as suspeitas de que o ministro e o procurador estivessem trabalhando de forma coordenada na operação, em conluio. O senador Álvaro Dias concorda apenas com a investigação quanto à invasão dos celulares.
— Acho que cabe investigar quem hackeou. Investigar quem está colocando ladrão na cadeia é uma forma de intimidação que não tem como obter apoio aqui. Eu só assino CPI para investigar corrupção e corrupto. Não assino CPI para investigar quem combate a corrupção e coloca na cadeia.
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