A justiça francesa se interessa particularmente por uma "reunião secreta" que teria acontecido no Palácio do Eliseu em 23 de novembro de 2010, na qual teriam participado o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, o príncipe do Catar Tamim bin Hamad al-Thani e Michel Platini, que na época era presidente da Uefa e vice-presidente da Fifa.
O secretário-geral do Palácio do Eliseu durante a presidência de Sarkozy, Claude Guéant, também foi interrogado por investigadores da unidade anticorrupção da polícia judicial na mesma investigação, de acordo com as mesmas fontes. A escolha do Catar como sede da Copa de 2022 pelos membros do comitê executivo da Fifa foi um dos estopins da grave crise que abala a entidade desde 2015.
Em outubro de 2015, o ex-presidente da Fifa Sepp Blatter acusou a França. O dirigente suíço mencionou um "acordo diplomático" para que os Mundiais de 2018 e 2022 acontecessem na Rússia e Estados Unidos, mas este plano fracassou após "a interferência governamental de Sarkozy". O ex-presidente francês nega qualquer intervenção. Suíça e Estados Unidos também iniciaram investigações relacionadas ao processo de escolha das sedes das duas Copas.
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