Na carta, Marcos Pinto afirmou que decidiu deixar o cargo em razão do "descontentamento manifestado" pelo presidente Jair Bolsonaro.
Neste sábado (15), Bolsonaro afirmou que Levy estava com a "cabeça a prêmio" e que, se não demitisse o diretor, ele seria demitido.
"Escrevo para apresentar minha renúncia ao cargo de diretor do BNDES. É com pesar que entrego essa carta, logo após ter tomado posse, mas não quero continuar no cargo diante do descontentamento manifestado pelo presidente da República com minha nomeação", escreveu Marcos Pinto.
"Tenho muito orgulho da carreira que construí ao longo dos anos, seja na academia, no governo ou no mercado financeiro. Dada minha experiência, achei que poderia contribuir para implementar as reformas econômicas de que o país precisa", acrescentou.
Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente Bolsonaro ficou "angustiado" porque Levy optou por "nomes ligados ao PT" para cargos no banco.
De acordo com o jornal "Valor Econômico", Marcos Pinto é mestre em direito pela Universidade de Yale (EUA) e doutor pela Universidade de São Paulo (USP).
Marcos Pinto foi chefe de gabinete de Demian Fiocca na presidência do BNDES (2006-2007). Fiocca era considerado, no governo federal, um homem de confiança de Guido Mantega, ministro da Fazenda nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
Marcos Pinto é também ex-diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Por G1
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