Cineastas advertem que o corte de verbas federais ameaça de desmonte toda a cadeia produtiva do audiovisual no Estado
Tradicionalmente ligada à área da Cultura, Luciana Santos se reuniu, nesta terça-feira (30), com representantes do setor audiovisual, em sua primeira agenda como governadora em exercício. Na pauta, as preocupações com o impacto que a paralisação no repasse de verbas da Agência Nacional do Cinema (Ancine) terá sobre os produtores locais. Este mês, a Ancine suspendeu a liberação de recursos para a produção de filmes e séries no País, após recomendação do Tribunal de Contas da União, que apontou necessidade de ajustes no sistema de prestação de contas da agência. Com isso, Pernambuco deixará de contar com um repasse do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) de cerca de R$ 15 milhões para o setor.
Participaram da conversa com Luciana, no Palácio do Campo das Princesas, os cineastas Carla Francine, Cynthia Falcão e Cláudio Assis, além do secretário estadual de Cultura, Gilberto Freyre Neto, e da assessora especial do governo, Luciana Azevedo. Os realizadores destacaram que, sem as verbas federais, os investimentos destinados ao audiovisual cairão de cerca de R$ 25 milhões para pouco mais de R$ 9 milhões – volume de recursos que o próprio governo do Estado aplica na área.
Caso isso ocorra, eles advertem para a possibilidade de desmonte do audiovisual em Pernambuco. Reconhecendo a importância dessa cadeia produtiva, não apenas para a cultura, mas também para a economia do Estado, Luciana Santos se colocou à disposição para discutir saídas em parceria com os realizadores.
Com a viagem do governador Paulo Câmara para a Colômbia, Luciana assumiu o comando do Estado, nesta terça (30), tornando-se a primeira mulher a exercer a função em Pernambuco. Ela ficará no cargo até o próximo domingo.
SEI-PE
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