De acordo com o promotor de Justiça Flávio Henrique dos Santos, o Ministério Público solicitou, no âmbito do procedimento preparatório nº03/2017, um posicionamento da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) sobre os serviços de poda nas árvores de algaroba, muito comuns em todo o Nordeste.
A professora Isabelle Meunier, do programa de pós-graduação em Ciências Florestais da UFRPE, ressaltou que a poda drástica não é uma prática de manejo adequada, podendo ser considerada uma agressão às árvores e um crime ambiental.
“Há relatos de má formação nas raízes das algarobas que promoveria a queda dos espécimes, principalmente em caso de ventos fortes. Este fato sempre foi muito mal investigado e os serviços de arborização das cidades do interior preferiam, por pura desinformação, realizar a redução ou eliminação das copas, o que resulta em árvores deformadas, envassouradas, que comprometem a segurança. Talvez a algaroba não seja a espécie adequada para o local, mas a poda drástica não é a solução, sendo mais recomendável sua substituição gradativa por espécies mais adequadas”, afirmou a professora.
Em razão dessa orientação, o MPPE também recomendou ao prefeito que determine a realização de um estudo técnico para viabilizar a substituição das algarobeiras por outro tipo de árvore mais adaptada ao clima e solo da região.
MPPE
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