O presidente Jair Bolsonaro discutiu possibilidades de privatização dos Correios em reunião com o secretário especial de Desestatização e Desinvestimento do ministério da Economia, Salim Mattar.
De acordo com o ministério da Economia, o objetivo de eventual venda da estatal é desonerar o cidadão. Em publicação feita no Twitter, a pasta informou que o secretário citou ao presidente o histórico de corrupção de gestões passadas, o que, segundo ele, afetou a eficiência dos Correios e elevou o custo à população.
"Decisões equivocadas causaram um rombo de mais de R$ 11 bilhões no fundo de pensão dos funcionários dos Correios, o Postalis", disse o secretário.
Ainda segundo o ministério, Mattar argumentou que o rombo no plano de saúde dos funcionários dos Correios atingiu R$ 3,9 bilhões.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) já demonstrou a intenção de privatizar os Correios. Em outubro de 2018, antes de ser eleito, afirmou que a estatal tem grande chance de privatização.
A venda de estatais está entre as prioridades da equipe econômica de Bolsonaro, comandada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e operacionalizada pelo secretário Salim Mattar.
A estatal tem hoje aproximadamente 105 mil funcionários e vem adotando medidas de ajuste para equilibrar as contas. Entre as ações, estão programas de demissão voluntária e fechamento de agências.
Na área na qual os Correios têm monopólio -envio de cartas, telegramas e outras mensagens-, as entregas caíram de 8,9 bilhões de unidades em 2012 para uma estimativa de 5,7 bilhões em 2018.
Depois de resultados negativos bilionários em 2015 e 2016, os Correios registraram lucro de R$ 667 milhões em 2017. Em 2018, o lucro foi de R$ 161 milhões.
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