Material apreendido na casa de suspeito. (Foto: Divulgação)
A Polícia Civil (PC) de Juazeiro (BA) detalhou a ação, realizada nesta segunda-feira (18), que resultou na apreensão de equipamentos eletrônicos e de informática na casa do principal suspeito de simular, através de um grupo de WhatsApp, uma convocação de ataque a duas escolas, sendo uma em Juazeiro e outra em Petrolina (PE). A troca de mensagens dizia que os alvos dos supostos ataques seriam o Colégio Modelo Luiz Eduardo Magalhães, um dos maiores de Juazeiro, localizado no bairro João XXIII, e a Escola Humberto Soares, na Cohab Massangano, zona oeste de Petrolina. As supostas ações criminosas ocorreriam nesta segunda-feira. Uma equipe da 75ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) fez a segurança no Modelo durante todo o dia.
De acordo com a PC, a pessoa que iniciou o enviou de mensagens incitando crime no grupo intitulado “El Diablo” é ex-aluno do Colégio Modelo e filho de um guarda municipal de Juazeiro. Conforme a PC, na noite anterior o rapaz agrediu fisicamente um colega de 15 anos, aluno do Modelo, por ter sido procurado pelo menor, que teria ido tirar satisfação com o ex-colega sobre as mensagens que viu na internet e ainda contar o fato para o pai dele. Ainda segundo a PC, neste momento o menor foi agredido pelo ex-colega e pelo pai do rapaz.
Nas imagens veiculadas no grupo de WhatsApp e expostas pela mídia na internet, o suspeito está vestido com roupas semelhantes aos criminosos que atacaram a escola de Suzano (SP) no último dia 13, quando foram mortas 8 pessoas. Nas fotos o suspeito usa máscara semelhante a dos criminosos. Após a coleta de dados, a PC representou pela busca e apreensão na residência do jovem, onde foram encontrados computadores, jogos, aparelhos celulares e uma máscara preta. O jovem e o seu pai foram ouvidos na delegacia, assim como a vítima de agressão física, que apresentava marcas visíveis de lesão no pescoço, a qual foi submetida a exame de lesões corporais.
No final do dia foram instaurados Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCOs) de lesão corporal e ameaça; de apologia ao crime e ameaça; além de intimações de outros jovens que participaram da conversa na rede social. Os aparelhos eletrônicos apreendidos vão ser periciados. A investigação continua.
Por Blog do Carlos Brito
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