Alguns dos animais foram apreendidos em ações contra o tráfico, inclusive com interceptações em tentativas de venda pela internet
O Centro de Triagem de Animais Silvestres de Pernambuco (Cetas Tangara), da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), acolheu mais 186 animais – todos repatriados do Sudeste e que serão preparados para o processo de soltura, devendo retornar em breve à vida livre na natureza. São 165 aves de espécies típicas da caatinga e da Mata Atlântica do Nordeste e 21 iguanas (Iguana iguana) – é a primeira vez que o Cetas recebe répteis repatriados da capital paulista.
Os animais foram encaminhados por avião, em caixas apropriadas, pelo Centro de Recuperação de Animais Silvestres (CRAS-PET), órgão do Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo, onde estavam sendo acompanhados. Chegaram na madrugada da sexta-feira (22). De acordo com o CRAS-PET, alguns são de entrega voluntária e outros foram apreendidos em feiras livres no combate ao tráfico e há ainda casos de interceptações em tentativas de venda pelo Facebook. Todas as ações foram realizadas pelas polícias Militar e Civil de São Paulo. Também teve, no caso das iguanas, uma que foi encontrada no jardim de uma igreja.
Este foi o segundo repatriamento que o Cetas Tangara recebeu este ano. Em fevereiro, o Centro pernambucano acolheu dois cágados-do-nordeste (Mesoclemys tuberculatus) que tiveram o casco fraturado por atropelamento e 14 pássaros apreendidos em fiscalizações no Ceará, trazidos para Pernambuco por agentes ambientais da regional cearense do Ibama – Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis. Todos já foram encaminhados para soltura.
Entre as espécies encaminhadas agora pelo CRAS-PET, do governo paulista, há 44 galos-de-campina (Paroaria dominicana), 37 azulões (Cyanoloxia brissonii), 28 papa-capins (Sporophila nigricollis), 10 golinhos (Sporoiphila albogularis), 10 concrizes (Icterus jamacaii) e 4 tico-ticos (Lanio pileatus), entre outros. Após o estresse da viagem, todos já estão sendo acompanhados no Centro de Triagem, aguardando o momento da soltura. Os repatriamentos fazem parte das parcerias que visam garantir a sobrevivência das espécies em seus locais de ocorrência, soltas na natureza.
Núcleo de Comunicação Social e Educação Ambiental - NCSEA
Agência Estadual de Meio Ambiente - CPRH
Foto: Luana Rocha/Semas
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