quarta-feira, março 13, 2019

Assassinos eram ex-alunos de escola de Suzano, diz secretário; motivação ainda não está clara

Familiares e amigos aguardam por informações na entrada da Escola Estadual Raul Brasil em Suzano, na Grande São Paulo. Dois criminosos encapuzados mataram oito pessoas no local e cometeram suicídio em seguida — Foto: Suamy Beydoun/AGIF/Estadão Conteúdo

Os dois assassinos que mataram ao menos oito pessoas em Suzano eram ex-estudantes da escola estadual Raul Brasil, disse o secretário de Segurança Público, João Camilo Pires de Campos.

Segundo o secretário, ainda não se sabe a motivação do crime. "É a grande busca: qual foi a motivação dos antigos alunos", disse Campos. Buscas na casa dos assassinos aconteceram e recolheram pertences deles.

Um dos assassinos deixou a escola no ano passado após "problemas" -- o secretário não foi claro se ele foi expulso ou se saiu por conta própria. Ainda não há a identificação dos feridos.

Não se sabe se os assassinos chegaram à escola encapuzados, afirmou o secretário de Segurança. Familiares de estudantes e funcionários da escola serão ouvidos.

Os mortos são:

Marilena Ferreira Vieira Umezo, coordenadora pedagógica
Eliana Regina de Oliveira Xavier, funcionária da escola
Pablo Henrique Rodrigues, aluno
Cleiton Antonio Ribeiro, aluno
Caio Oliveira, aluno
Samuel Melquíades Silva de Oliveira, aluno
João Vitor Ramos Lemos, aluno
Jorge Antonio de Moraes, comerciante, morto antes da entrada dos assassinos na escola

Como foi

Um adolescente e um homem encapuzados mataram oito pessoasna Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), por volta das 9h30 desta quarta-feira (13), e cometeram suicídio em seguida.

Entre os mortos há alunos do ensino médio. Dois adolescentes chegaram socorridos, mas morreram no hospital. Entre as vítimas, há ainda dois funcionários do colégio, um deles a coordenadora.

Resumo

Ataque a escola em Suzano, na Região Metropolitana de São Paulo, deixou oito pessoas mortas; os dois assassinos se mataram.
Os autores do crime são Henrique de Castro, de 25 anos, e um menor de 17 anos.
Os dois eram ex-alunos do colégio
23 pessoas foram levadas a hospitais. Entre elas, há feridos e outras que passaram mal após o ataque. Ainda não há identificação dos feridos.
Ainda não se sabe o motivo do ataque e o vínculo dos autores com a escola.
Uma testemunha disse que viu um deles com arma de fogo e outro, com uma faca.
A PM encontrou no local um revólver 38, uma besta (um artefato com arco e flecha), objetos que parecem ser coquetéis molotov e uma mala com fios.

Antes de entrar na escola, os assassinos estiveram em uma loja de automóveis próximo ao colégio. O proprietário do estabelecimento, Jorge Antonio de Moraes, tio do menor envolvido no massacre, levou três tiros – um deles no peito.

Os assassinos chegaram ao colégio alvo do ataque em um carro alugado.

Segundo o Censo Escolar de 2017, a instituição tem 358 alunos da segunda etapa do fundamental (6º ao 9º ano) e 693 estudantes do ensino médio. No local, também funciona um centro de idiomas.

G1

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