terça-feira, fevereiro 12, 2019

Paulo Afonso: Chesf ignora MPF e Hospital Nair pode ser parcialmente fechado em 16 dias

Prefeito Luiz de Deus e equipe visitaram hoje (12), algumas unidades de saúde de Paulo Afonso (BA). Foto: Ascom/PMPA.

Em entrevista ao programa Radar (Rádio Angiquinho – 98,5 FM), nesta terça-feira (12), o secretário municipal de Saúde, Ivaldo Sales Júnior, explanou sobre a decisão da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco de reduzir em 60% os atendimentos prestados pelo Hospital Nair Alves de Souza.

O secretário confirmou que recebeu do MPF – Ministério Público Federal a resposta da Chesf acerca das recomendações para suspender as decisões que irão diminuir o número de atendimentos médico-hospitalares no Nair.

“Eu recebi do ministério Público Federal a resposta da Chesf insistindo em diminuir os serviços de saúde no Hospital Nair Alves de Souza, porém, a recomendação do MPF, colocada na reunião que aconteceu em Salvador, no dia 7, é que até 31 de dezembro de 2020, a empresa cumpra o Termo de Compromisso assinado em 2015. Até essa data, a Chesf tem a obrigação de continuar prestando seus serviços de saúde, quando deverá passar a administração do HNAS para a Univasf e Ebserh. Nós ficamos na expectativa de que tudo isso seja resolvido de uma forma que deixe a população de Paulo Afonso segura de que o hospital continuará atendendo normalmente”, disse o secretário.

Em 16 dias, urgência só funcionará das 7 às 19h

As mudanças apontadas pela Chesf pretendem suspender a realização de cirurgias eletivas no HNAS; a partir do dia 1º de março, portanto daqui a apenas 16 dias, restringir o horário para atendimento de urgência das 7h às 19h; suspender os atendimentos em ortopedia e reduzir o número de obstetras urgentistas de dois para um; reduzir em 60% o número de leitos no prazo de seis meses; e retirar a companhia da operação e gestão do hospital até dezembro de 2020, com ou sem a transferência definitiva para a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf).

Como a Chesf resolveu não acatar as recomendações, o MPF poderá mover ações requerendo judicialmente a adoção das medidas, a regularização dos problemas apontados e a responsabilização de pessoas por descumprimento da legislação aplicável.

Por: PA4.COM.BR

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