sexta-feira, fevereiro 22, 2019

Cidade de Belo Jardim tem primeiro ciclo de abastecimento com água do rio São Francisco



Os moradores do município de Belo Jardim, no Agreste pernambucano, comemoram nesta sexta-feira (22) o primeiro ciclo de distribuição de água do Rio São Francisco, sem interrupção, por meio do sistema integrado de abastecimento da Adutora do Agreste-Moxotó. Desde o início dos testes, o governador Paulo Câmara tem acompanhado sistematicamente o andamento dos trabalhos dos técnicos da Companhia Pernambucana de Saneamento- Compesa entre as cidades de Pesqueira e Belo Jardim. "O governador solicitou o trabalho em tempo integral, nos últimos 30 dias, para agilizar a chegada da água em Belo Jardim", ressalta o presidente da Compesa, Roberto Tavares.

Desde o fim de semana, não houve qualquer registro de vazamentos na adutora, que são intercorrências normais durante os testes operacionais de um novo sistema de abastecimento, garantindo a distribuição de água para todos os bairros da cidade. Belo Jardim é a terceira cidade do Agreste a receber água da Transposição pela Adutora do Agreste. Arcoverde e Pesqueira já estão sendo abastecidas pelas águas do Velho Chico.


Desde o início dos testes, foi intenso o trabalho para estabilizar o novo sistema. Durante esse período houve algumas paralisações necessárias para consertos de vazamentos, de grande porte, que ocorreram ao longo dos 80 quilômetros de adutora. “No último domingo, 17, começamos a abastecer ininterruptamente Belo Jardim. Estamos confiantes de que agora o sistema esteja estabilizado, o que permitirá divulgarmos, em breve, um calendário de abastecimento para a cidade”, afirmou Roberto Tavares.

O sistema está operando com sua capacidade máxima para Belo Jardim, que é de 175 litros, por segundo. A água da Transposição do Rio São Francisco era bastante esperada pelos 76 mil moradores da cidade, uma vez que a cidade sofre com escassez de água e está com Barragem do Bitury (que atendia o município) em colapso. O próximo passo será abastecer os municípios de Sanharó, Tacaimbó e São Bento do Una que também enfrentam uma severa falta d’água por causa da estiagem que castiga a região.

A iniciativa de antecipar a utilização da Adutora do Agreste com água do Rio São Francisco e oferecer segurança hídrica aos municípios da região partiu do governador Paulo Câmara, que determinou à Compesa a construção da Adutora do Moxotó, uma obra que teve investimento da ordem de R$ 85 milhões por meio da parceria entre o Governo do Estado e o Ministério da Integração Nacional. A água é captada na Barragem do Moxotó, no Eixo Leste da Transposição, e segue por 70 quilômetros de adutora até a Estação de Tratamento de Água (ETA), de Arcoverde. Nesse ponto, há a interligação com a Adutora do Agreste. Cerca de 400 mil pessoas serão beneficiadas nos municípios de Arcoverde, Pedra, Venturosa, Pesqueira, Alagoinha, Belo Jardim, Sanharó, Tacaimbó, São Bento do Una e São Caetano.

Imprensa Compesa

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