Além da coordenação da Câmara Consultiva Regional do Submédio São Francisco, o evento também tem confirmada a presença da presidência do CBHSF, que será acompanhada por parte dos membros do Comitê.
Com um investimento aproximado de R$ 3,8 milhões, a obra financiada integralmente pelo CBHSF com recursos oriundos da cobrança pelo uso da água, conta com ligações domiciliares, redes de distribuição, adutora, elevatória, linhas de recalque e estação de tratamento, sistema de irrigação com conjunto de estruturas e equipamentos para captação, adução, armazenamento, distribuição e aplicação de água em culturas.
De acordo com a assessoria do comitê, a obra tem projeção de atendimento dos próximos 20 anos, considerando o crescimento populacional da aldeia. Em 1988, quando a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) deslocou a sede do município de Itacuruba para a posição atual, pelo menos 1.500 famílias deixaram a antiga cidade. Na época, a aldeia contava com aproximadamente 245 índios. A estimativa é de que no ano de 2034 a tribo contabilize com 741 índios.
Durante os últimos anos, a tribo também reuniu importantes conquistas para a culminância desse projeto. Com apoio do CBHSF, o povo Pankará recebeu da Agência Nacional de Águas (ANA) a outorga para captação de água a partir do reservatório de Itaparica para o consumo humano e irrigação da aldeia. Já em maio deste ano, os membros do Comitê votaram a favor da cessão de todos os bens adquiridos e benfeitorias realizadas na construção do Sistema de Abastecimento de Água na tribo.
Pankarás
Ocupando a atual localização da nova Itacuruba, transferida após inundação do seu território para a construção da usina de Itaparica, a tribo indígena perdeu nos últimos 12 anos a possibilidade de execução das suas atividades originárias, como a criação de animais e a produção de alimentos. O abastecimento humano também passou a ser feito, apenas, por caminhões pipa. A comunidade dos Pankarás contabiliza, atualmente, 418 índios vivendo na aldeia. Outras famílias, também, da tribo, optaram por morar na cidade devido à dificuldade no abastecimento d’água. Mas estes já projetam retornar às terras de seus familiares.
Com informações CBHSF
Foto: Juciana Cavalcante-Tanto Expresso/CBHSF
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