Uma fala desastrosa do governador do Ceará, Camilo Santana (PT), nessa sexta-feira (7), causou revolta e indignação em amigos, familiares e admiradores do empresário serra-talhadense João Magalhães, morto a tiros, ao ser feito refém por assaltantes de banco, ao lado do filho Vinícius e mais três parentes que vinham de São Paulo, no município de Milagres (CE).
Em entrevista à imprensa, o governador chegou a colocar em xeque a idoneidade das vítimas, mortas violentamente, após serem feitas de ‘escudo-humano’ pelos bandidos, durante confronto com a polícia daquele estado. “É estranho um refém de madrugada no banco”, questionou ele.
“A família repudia o comentário do governador do Ceará. Ele disse que não era hora para ter refém na rua. Ainda de acordo com o primo de Batista, o velório dos cinco mortos da mesma família teve início ainda nesta sexta-feira, em Serra Talhada, Pernambuco. O enterro das vítimas acontecerá por volta das 10h, neste sábado (8), no Cemitério de Serra Talhada.
Quando perguntado sobre a atuação dos policiais em Milagres, Camilo ponderou: “é estranho um refém de madrugada no banco. Vamos aguardar essa investigação”. A fala gerou revolta e a demonstração de que o governador tentara, sem a mínima sensibilidade e respeito ás famílias, encobrir uma possível ação desastrosa dos policiais.
As pessoas que morreram feitas reféns foram identificadas por Vinícius de Souza Magalhães (14), natural de São Paulo (SP), e João Batista Campos Magalhães (49), natural de Serra Talhada (PE) – pai e filho; Gustavo Tenório dos Santos (13), natural Jabaquara (SP), Claudineide Campos de Souza Santos (41), natural de São José do Belomonte (PE), Cícero Tenório dos Santos (60), natural de Maceió (AL) – filho, mãe e pai; e Francisca Edneide da Cruz Santos (49), natural de Brejo Santo (CE).