A fotojornalista Ana Araújo, a loiceira Maria de Dion Pankararu, e a historiadora e professora da UFPE, Bartira Ferraz Barbosa, na aldeia Brejo dos Padres, em 2017, Tacaratu, PE (Foto: Neto Pankararu)
Dos 1 mil exemplares desta primeira tiragem, metade será doada a escolas e universidades públicas, bibliotecas e pontos de cultura, principalmente do Sertão de Pernambuco (Foto: Ana Araujo)
A fotojornalista pernambucana Ana Araujo lança, nesta sexta-feira, 27/4, nas escolas de Tacaratu, o fotolivro
As Loiceiras de Tacaratu – A arte milenar das mulheres do meu Sertão, resultado de uma pesquisa visual realizada nos últimos 30 anos em que a autora conta a história da loiça, a cerâmica utilitária de tradição indígena Pankararu, no cotidiano das mulheres dessa região do Sertão de Itaparica, em Pernambuco. Em maio, no dia 26, às 15h, o lançamento será no Recife, no Museu Cais do Sertão, e nos meses seguintes, nas cidades de São Paulo e Brasília.
O objetivo da publicação, que teve o incentivo do Funcultura (Secretaria Estadual de Cultura/Governo do Estado de Pernambuco), é servir de conteúdo atualizado para pesquisas de professores e alunos, tanto no campo da Fotografia - por representar um importante registro histórico, feito durante a transição dos séculos 20 e 21, quando houve a revolução tecnológica do sistema analógico para o digital – como também da Antropologia Visual, por sua abordagem etnográfica. Embora esteja em processo de extinção, a arte milenar das loiceiras vem se mantendo viva graças à resistência cultural dos rituais do povo Pankararu.
O livro
As Loiceiras de Tacaratu tem 112 páginas em papel couché, capa dura e 67 fotografias coloridas e em preto e branco, e foi impresso na Editora e Gráfica Facform, na cidade do Recife. O texto e a edição de fotos é da jornalista e crítica de Fotografia Simonetta Persichetti e a pesquisa histórica assinada por Bartira Ferraz Barbosa, docente da UFPE – Universidade Federal de Pernambuco. O design e a produção gráfica do livro é de Isabela Faria e o projeto contou com a produção executiva de Bianca Pimentel. A edição bilíngue (português/inglês) tem tradução de Sarah Bailey. A fotógrafa e jornalista Ana Araujo, que também fez a coordenação editorial, escreve sobre a experiência conterrânea com as loiceiras e o testemunho imagético da importância do ofício para a cultura Pankararu e para o patrimônio imaterial dos povos que habitam o Semiárido brasileiro.