O piso passou de R$ 2.298,80 para R$ 2.455,35 - Foto: Divulgação
Governo de Pernambuco e a Prefeitura do Recife garantem que vão pagar o reajuste salarial dos professores, previsto na Lei do Piso e anunciado semana passada. Ambas as gestões devem fazer estudos de impacto no orçamento agora em janeiro, mas dizem que a lei será cumprida. A portaria do Ministério da Educação (MEC) determinou aumento de 6,81%, o que na prática vai representar R$ 156,55 a mais no bolso do docente, por 40 horas de trabalho semanais. O piso passou de R$ 2.298,80 para R$ 2.455,35.
Para as entidades representativas, embora o percentual esteja dentro do que a lei determina, não ajuda a cumprir a meta 17 do Plano Nacional de Educação (PNE), que estabelece que até 2020 o salário médio dos professores deve ser equiparado com o de outras profissões. “Esse percentual é muito baixo para alcançar a meta 17. Só temos dois anos para conseguir. A meta 17 só vai virar realidade se em 2019 houver um reajuste bem maior”, afirmou o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, Heleno Araújo. Já o ministro da Educação, Mendonça Filho, ressaltou que “este é o segundo ano consecutivo em que o piso é reajustado com valor real acima da inflação (2,8%, segundo o INPC), o que é muito bom para a categoria.”
Professora da rede estadual há sete anos e da cidade do Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, há 33, Aldamare Santos, 51, lembrou que o reajuste de 2017 foi maior do que o deste ano. “Ao invés de aumentar, vem diminuindo. Ano passado, recebemos 7,64%. A gente nem sente no bolso”, comentou.
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