Redução da vazão do rio, nos últimos anos, fez o mar avança na foz do São Francisco. Construção de reservatório pulmão para solucionar problema da salinização do rio depende de estudos a serem entregues pela Casal
Em reunião realizada em Maceió na última quinta-feira (13/12), que contou com a presença de representantes da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco – Chesf, da Casal, de representante da comunidade de Piaçabuçu, do Ibama, de membros da Comissão do Processo de Conflito de Uso das Águas do Rio São Francisco e da Agência Peixe Vivo ficou decidido que a Casal terá sete dias para apresentar o cronograma e o estado da arte dos projetos e 30 dias para apresentar o projeto redimensionado conforme solicitado pelo CBHSF e pela APV. Caso não seja atendido, ato contínuo, será encerrado o processo e os recursos serão remanejados para outra área da bacia hidrográfica.
Entenda o caso:
O conflito pelo uso da água do rio São Francisco no município de Piaçabuçu foi deflagrado em 12 de dezembro de 2015. A falta de vazões para a região do Baixo São Francisco – provocadas pela baixa quantidade de chuvas e pelas barreiras ao longo do rio – tem, como consequência a invasão do rio pelas águas do mar, em sua foz. Essa intrusão salina faz com que a biota do mar invada o São Francisco, altere o ecossistema, e, principalmente, afeta o abastecimento da população que sofre com a salinização da água.
Em dezembro de 2015, a Prefeitura de Piaçabuçu junto ao CBHSF, apontou a colocação de um tanque pulmão como solução. O Comitê se manifestou favorável e se dispôs financiar a construção do reservatório com recursos oriundos da cobrança pelo uso da água. Porém, de acordo com Luiz Alberto Dourado, coordenador do Grupo de Acompanhamento de Contrato e Gestão do CBHSF, “a Casal não apresentou os estudos necessários dentro do prazo acordado. Chegamos a um consenso de que a Companhia entregue os estudos em 30 dias, para que o Comitê apresente a solução e mitigue a questão do abastecimento de água com quantidade e qualidade para a população de Piaçabuçu”.
Texto: Mariana Martins/Ascom CBHSF
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