Integrantes da Força Aérea Russa são vistos em frente a um avião bombardeiro russo Tupolev Tu-160 no aeroporto internacional Maiquetía, perto de Caracas, na Venezuela, na segunda-feira (10) — Foto: Federico Parra/AFP
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou nesta quarta-feira (12) um suposto plano dos Estados Unidos para derrubá-lo e, inclusive, assassiná-lo, e que os governos de Brasil e Colômbia também participariam deste complô.
"Chegou a nós uma boa informação (...) John Bolton (assessor de segurança nacional americano), desesperado, designando missões para provocações militares na fronteira", disse Maduro, segundo quem instruções neste sentido foram transmitidas ao presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro.
No domingo, o presidente venezuelano já tinha denunciado a ativação por Washington de um plano para dar-lhe um golpe de Estado com o apoio da Colômbia, mas na ocasião ele não mencionou o Brasil.
Bolton e Bolsonaro se reuniram em 29 de novembro na residência do presidente eleito do Brasil, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, no primeiro encontro de alto nível entre o governo de Donald Trump e o futuro presidente brasileiro, da extrema direita.
"As forças militares do Brasil querem paz. Ninguém no Brasil quer que o futuro governo de Jair Bolsonaro se meta em uma aventura militar contra o povo da Venezuela", declarou Maduro durante coletiva de imprensa com correspondentes estrangeiros em Caracas.
O presidente socialista, que em 10 de janeiro dará início a um segundo mandato de seis anos, afirmou que o complô é comandado por Bolton e inclui o treinamento de tropas regulares nos Estados Unidos e irregulares na Colômbia.
"Venho mais uma vez denunciar o complô que se prepara na Casa Branca para violentar a democracia venezuelana, para me assassinar e para impor um governo ditatorial na Venezuela", afirmou.
"O senhor John Bolton foi novamente apontado como chefe do plano, do complô, para encher de violência a Venezuela e buscar uma intervenção militar estrangeira, um golpe de Estado e impor o que eles chamam de um conselho de governo transitório", ressaltou Maduro, explicando que sua denúncia se baseou em "fontes internacionais cruzadas".
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As informações são do Jornal do Brasil
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