Dinheiro que estava enterrado foi levado ao banco para contagem em Igarapava, SP — Foto: Reprodução/EPTV
A advogada Maria Cláudia Seixas, que representa o casal, não comentou o assunto.
De acordo com o Ministério Público, um mandado de busca e apreensão foi cumprido diante de descobertas feitas pela investigação após a primeira fase da Operação Agio, deflagrada no início de dezembro.
O dinheiro estava armazenado em sacos plásticos, caixas de papelão e caixas térmicas, enterrados nos fundos do imóvel da família. As cédulas, guardadas em montes, foram levadas a uma agência bancária para a contagem. A princípio, a polícia chegou a afirmar que o montante seria de R$ 107 mil, mas o valor foi atualizado. Foram necessárias seis horas para saber quanto estava escondido na casa.
A mulher do ex-vereador foi presa por suspeita de lavagem de dinheiro. Souza está preso desde o dia 6 de dezembro, por suspeita de usura e lavagem de dinheiro. Na semana passada, a Justiça prorrogou o prazo da prisão temporária dele.
Segundo o Gaeco, o ex-vereador é suspeito de obter vantagens ao realizar empréstimos com juros abusivos aos moradores. A investigação concluiu ainda que Souza utilizava empresas de familiares e amigos para lavar o dinheiro ilícito, principalmente, “lojas de R$ 1” na região de Igarapava e em cidades mineiras. Além da mulher, um irmão de Souza é alvo de investigação.
Em 2015, o ex-vereador foi condenado por envolvimento em esquema descoberto seis anos antes e que ficou conhecido como “mensalinho de Igarapava”, em que parlamentares cobravam propina para facilitar a aprovação de projetos do Executivo na Câmara Municipal.
O ex-vereador recebeu pena de cinco anos, oito meses e 12 doze dias de prisão, e obteve o direito de recorrer da sentença em liberdade. Em março deste ano, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) reduziu a pena para dois anos e oito meses de reclusão, em regime semiaberto.
Por EPTV2
G1
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