Maria Irlaine Dantas de Oliveira Foto: Polícia Civil de Pernambuco/Divulgação
O corpo de Maria Irlaine Dantas da Silva, de 10 anos, deve ser liberado nesta segunda (17) do Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife. A criança estava desaparecida desde a última segunda-feira (10), quando foi levada pelo padrasto, José Carlos da Silva, 41 anos, no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife. Ela foi encontrada morta às margens de um rio em Ribeirão, na Mata Sul do Estado, na tarde de sábado.
A autorização para a liberação do corpo só acontecerá após a mãe de Irlaine, Iraneide de Lourdes Dantas de Oliveira, recolher amostras para um exame de DNA. A coleta será feita pela manhã no Laboratório de Genética Forense, em Jaboatão dos Guararapes. A Polícia Civil também pedirá exames sexológicos na vítima para verificar eventuais agressões sexuais.
De acordo com o delegado Mário Neto, o corpo de Irlaina foi localizado próximo ao local onde o padrasto foi achado morto, na quinta-feira (13). José Carlos da Silva foi encontrado enforcado, pendurado em uma ponte da BR-101, sugerindo que havia se suicidado. O padrasto levou a criança sem o conhecimento da mãe, após uma briga. Iraneide teria terminado o relacionamento depois ser agredida por ele, que havia se tornado violento após ser diagnosticado recentemente com câncer.
De acordo com o pai da menina, o pedreiro João Pereira, a mãe estava muito debilitada e não teve condições emocionais para ir aoIML do Recife nesse domingo (16). “Ela estava muito triste e não teve como ir. Então, ela vai amanhã (segunda) logo cedo com a ajuda de Bebeto, ex-prefeito de Barra de Guabiraba, para poder fazer o exame”, informou Pereira.
Como era preciso que algum familiar estivesse presente no IML no domingo, Pereira foi ao local pela manhã. Abalado, o pedreiroreconheceu o corpo. “Minha filha sofreu muito. Deve ter sido torturada tentando se livrar das garras dele. Ele deve ter esganado ela, porque ela estava com a língua para fora. E arrastada pelo chão, porque estava muito arranhada na lateral do corpo. Um monstro desses nem o diabo quer”, desabafou.
Um desenho de uma borboleta na unha da criança ajudou na identificação preliminar, tarefa que se tornou difícil devido ao avançado estado de decomposição do corpo. Pereira viveu 16 anos com a ex-esposa e estavam separados havia dois anos. O delegado Mário Neto disse que, apesar de o pai ter reconhecido a filha, prefere fazer o DNA, devido às condições. O pai afirma não ter dúvidas. “É ela, infelizmente", afirmou. "Mas como o rosto dela estava muito machucado e a mãe está com dúvidas em relação à roupa que a menina estava usando, o delegado preferiu pedir o DNA da mãe por segurança.” Como a realização do exame ainda está pendente, não há informações sobre o velório e o enterro.
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