- Obrigado a todos que acreditaram nesse processo e em mim. Queria lembrar de uma frase que ouvi de uma eleitora nossa aqui. Me tocou. Ela disse: 'Viemos aqui não para votar em vocês. Foi para votar em nós'. Isso dá a dimensão da responsabilidade que carregamos nas costas. A felicidade de mais de 40 milhões - disse o presidente eleito.
- Vamos nos unir para poder fazer um Flamengo imbatível. Estamos preparados e vamos unir o clube para gerir à altura e trazer muitas alegrias - prosseguiu Landim.
Rodolfo Landim substituirá Eduardo Bandeira de Mello, que comandou o Flamengo nos últimos seis anos. Antes mesmo de assumir, deixou claro que não será candidato à reeleição.
O presidente eleito fez parte da chapa azul original e atuou na diretoria de Bandeira durante o seu primeiro mandato, após a eleição de 2012. Os dois se cumprimentaram antes do fim da votação, e o atual presidente se colocou à disposição para ajudar na transição.
Bandeira deixou o ginásio acompanhado dos filhos antes mesmo de a apuração começar. Ouviu um integrante da Chapa Roxa gritar "tchau, querido". No geral, o pleito ocorreu sem maiores incidentes, mas houve muitas provocações ao presidente.
Com o resultado da eleição, é questão de tempo para Landim anunciar Abel Braga como treinador do time para 2019. O nome de Abelão ganhou força depois que Renato Gaúcho preferiu permanecer no Grêmio. Marcos Braz, que será o vice de futebol, espera anunciá-lo em breve.
- Tem muita chance. Agora não tem nada decidido. Hoje o dia é de comemoração. A gente já vem trabalhando em algumas situações. O Abel é um grande treinador, tem uma história bonita no futebol. O departamento todo está trabalhando no futebol. É lógico que tínhamos prudência, uma eleição ainda pela frente. Agora a gente vai acelerar - disse Marcos Braz.
A trajetória de Landim
O empresário, que fez carreira na Petrobras e hoje ainda atua no setor de petróleo e combustíveis, chega ao poder com antigos membros do grupo, como Luiz Eduardo Baptista, o BAP, e Gustavo Oliveira, além do apoio de Wallim Vasconcellos, derrotado em 2015 por Bandeira.
Na eleição de 2018, Rodolfo Landim e seus pares chegaram de forma mais numerosa para a briga na eleição. A chapa roxa, batizada de Unifla, reuniu diversos e diferentes grupos e correntes políticas do clube e para bater de frente com a SoFla, base da atual gestão.
Também teve apoio de nomes que integraram a gestão Bandeira de Mello - entre eles Claudio Pracownik, ex-vice de finanças, e Mauricio Gomes de Mattos, que foi vice-geral. Presidente do Conselho Deliberativo, Rodrigo Dunshee é o vice-geral de Rodolfo Landim.
Além deste apoio interno, a campanha de Landim se pautou principalmente pelo discurso de cobrança no futebol, prometendo devolver ciclo de vitórias e títulos no Flamengo. No segundo mandato, Bandeira venceu apenas um Carioca em 2017.
Mais sobre Rodolfo Landim
Luiz Rodolfo Landim Machado tem 61 anos e teve em seu avô a ponte para os laços com o Flamengo. É neto do Grande Benemérito José Ferreira Landim. É sócio do clube desde 1972. No primeiro triênio da gestão Bandeira de Mello, ele ocupou a vice-presidência de Planejamento e Orçamento.
Ele é casado e pai de três filhos. Durante sua campanha, enalteceu sua carreira de executivo e de gestor. Ele é formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e também estudou na escola de negócios de Harvard, nos Estados Unidos. Entre 2003 E 2006, presidiu a Petrobras Distribuidora - trabalhou na estatal do petróleo por mais de 20 anos. Posteriormente, foi o presidente executivo da MMX, do empresário Eike Batista.
Também foi diretor presidente da OGX Petróleo e Gás Participações S.A. OSX Brasil S.A - empresas de Eike, com quem brigou e processou na Justiça. Além de dirigir a Cameron International Corporation. Além de novo presidente do Flamengo, atualmente ele é, é sócio-gerente da Maré Investimentos e preside a Ouro Preto Óleo e Gás S.A.
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