segunda-feira, novembro 26, 2018

Trânsito de suínos com o Ceará está proibido, alerta Adagro-PE

Pernambuco não tem nenhum foco da doença, mas, faz divisa com o Ceará (Foto ilustrativa)

A Adagro alerta os produtores pernambucanos sobre os recentes focos de peste suína clássica no Ceará. O trânsito desses animais com o Estado está proibido por tempo indeterminado.

Em 6 de outubro, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento confirmou um foco de Peste Suína Clássica no município de Forquilha-CE. Atualmente, a doença já foi confirmada em onze municípios e mais de 500 animais foram abatidos como precaução para que a doença não se espalhasse. O surto está presente em criadores que não possuem a tecnificação necessária para o manejo de suínos.

A suspeita é que feiras irregulares, que comercializam animais sem autorização da fiscalização agropecuária, e sem atestados clínicos assinados por veterinários, tenham expandido o problema na região.

Pernambuco não tem nenhum foco da doença, mas, existe divisa com o Ceará e é preciso ficar atento, principalmente, ao comércio desses animais em feiras de gado e aos criatórios de fundo de quintal ou soltos na rua.

A peste suína clássica – também conhecida como febre suína e cólera dos porcos – é uma doença altamente contagiosa que atinge porcos e outros animais como javalis. A taxa de mortalidade depende da força do vírus e a idade e estado dos animais. No caso do vírus mais forte, a mortalidade é de 100%, com ela ocorrendo entre duas e três semanas, independente da idade do animal.

A infecção provoca febre alta, paralisia nas patas traseiras, manchas avermelhadas pelo corpo e dificuldades respiratórias. Quando infecta fetos, ela pode provocar má formações e abortos.

Entre as formas de transmissão estão alimentos ou água contaminados, contato com animais infectados, equipamentos sujos e roupas de indivíduos que mantiveram contato direto com animais doentes ou que possuem o vírus incubado. Normalmente a incubação é de quatro a seis dias, com oscilação de dois a 20 dias.

A doença é detectada por meio de exames de laboratório, através da retirada de sangue ou de alguns órgãos como rins e baço. A análise demora, em média, sete dias para ficar pronta.

Fontes: Adagro-PE e Canal Rural

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