“O propósito do seminário foi justamente a apresentação acadêmica para um público que, na sua maioria, desconhece o que está sendo feito em termos de estudos nas áreas de fauna silvestre e de unidades de conservação”, explicou o diretor presidente da CPRH, Eduardo Elvino. O evento reuniu pesquisadores que apresentaram os resultados de suas pesquisas e que responderam aos questionamentos dos presentes.
Uma das apresentações do dia foi “Prótese 3D: novas perspectivas em saúde animal”, proferida pela médica veterinária e doutora em Ciência Animal, Maria Cristina de Oliveira. A pesquisadora mostrou uma prótese em 3D, que foi posta em um jabuti que teve o corpo queimado. “Se não fosse a prótese, o animal teria morrido. Hoje, temos este recurso, que distancia os animais da opção de sofrerem eutanásia”, comemorou Maria Cristina. Além do jabuti, outros animais já foram beneficiados com o produto da impressora 3D, que a CPRH adquiriu em 2017: arara, tucano, galinha, passarinho e até uma galinha sem bico passaram a ter qualidade de vida, graças à prótese.
De acordo com o gerente da unidade de Gestão de Unidades de Conservação da CPRH, Gleydson Castelo Branco, as experiências e as pesquisas científicas nas unidades de conservação favorecem o trabalho da Agência, no sentido do planejamento das ações, da fiscalização e do próprio monitoramento: “é uma parceria muito importante, tanto para os pesquisadores, como para as instituições de ensino e para a CPRH. Então, nós estimulamos e damos as boas vindas aos pesquisadores, pois eles contribuem sobremaneira para a nossa missão, enquanto instituição pública executora da política ambiental do Estado”, comentou. Os interessados em realizar pesquisas na área ambiental em áreas administradas pela CPRH devem entrar no portal da Agência (www.cprh.pe.gov.br), clicar em Unidades de Conservação e preencher o formulário disponível em Normas de Pesquisa. Mais de 50% das pesquisas que estão sendo realizadas por pesquisadores de diversas instituições, em UCs administradas pela Agência, são estudos na Estação Ecológica de Caetés.
Livro apresenta pesquisas realizadas em Refúgio localizado na Região Metropolitana do Recife
Como parte da programação da Semana da Biodiversidade de Pernambuco, a CPRH lançou, ontem, o livro Refúgio de Vida Silvestre Matas do Sistema Gurjaú, unidade de conservação estadual, localizada e parte dos municípios do Recife, Cabo de Santo Agostinho e Jaboatão dos Guararapes e Moreno. O refúgio é classificado pelo Atlas da Biodiversidade de Pernambuco como de Extrema Importância para a conservação da Biodiversidade.
O livro reúne textos sobre as pesquisas realizadas no Refúgio desde 2009 e, inclusive as que estão para ser concluídas em 2019. Traz também a exitosa experiência de práticas de educação ambiental realizadas na UC, a partir de 2009.
“A publicação foi feita por vários autores que se dispuseram a apresentar as suas pesquisas realizadas no Refúgio. É uma forma de socializarmos as experiências, os resultados enfim: o conhecimento , que é sempre resultado de muito esforço e de muita perseverança”, comentou a gestora da UC Refúgio de Vida Silvestre Matas do Sistema Gurjaú, Elaine Braz. A UC foi criada pela Lei Estadual nº 9.989, em janeiro de 1987,como Reserva Ecológica, e recategorizada como Refúgio da Vida Silvestre pela Lei nº 14.324 , em junho de 2011.
Núcleo de Comunicação Social e Educação Ambiental - NCSEA
Agência Estadual de Meio Ambiente - CPRH
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