Polícia segue com investigações do assassinato de italiano
"Segundo ela, no dia 26 de setembro, o dia do crime, ela foi alvo de agressões físicas por parte da vítima, e aí ela disse que naquela noite ele, que era dado a prática de rituais de magia negra, resolveu realizar um desses rituais e aí pediu que ela o amarrasse, isso é a versão que ela apresenta dos fatos", afirmou a delegada responsável pelo inquérito, Rosimeire Vieira, da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
Cicchelli foi encontrado morto na segunda (5), na casa onde morava com Cléa, no bairro da Ponta Grossa, depois que ela procurou a polícia e confessou que tinha cometido o crime há quase um mês. O corpo da vítima estava em avançado estado de decomposição.
A alagoana disse ainda à polícia que usou algumas substâncias no corpo para que o cheiro do cadáver não chamasse a atenção dos vizinhos.
"Ela disse que a vítima ficou no quarto onde aconteceu esse crime por cerca de dois dias, e aí depois ela resolveu escondê-lo num outro cômodo da casa e deixou envolto em sacos plásticos e o guardou nesse cômodo, que permaneceu fechado durante algum tempo. Ela disse que usou alguns produtos pra tentar amenizar o mau cheiro, que colocou perfume, carvão e algumas outras substâncias pra tentar disfarçar o odor", explicou a delegada.
Como o corpo foi encontrado em avançado estado de decomposição, não foi possível indicar quais tipos de lesões levaram à morte do advogado. Apenas um exame de perícia do Instituto Médico Legal (IML) poderá indicar a causa exata da morte.
O inquérito deve ajudar à Polícia Civil a descobrir se, de fato, a motivação do crime foi essa ou se havia algum interesse financeiro. A delegada também quer saber se houve a participação de outras pessoas no assassinato ou na ocultação do corpo.
Enquanto isso, Cléa deve permanecer presa preventivamente. Nos próximos dias, familiares e outras pessoas que podem ajudar no inquérito serão ouvidas.
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