Beijing, 1º nov (Xinhuanet) -- Integrantes da Rede Brasileira de Estudos da China (RBChina) divulgaram nesta semana uma declaração conjunta sobre as relações sino-brasileiras em que destacam o caráter de política de Estado envolvendo as trocas entre os dois países. O documento, assinado por dezenas de integrantes da RBChina, trata também da importância das trocas comerciais entre Brasil e China e pontua intercâmbios em ciência e tecnologia, entre outros pontos.
O documento ressalta também o quanto é necessário que se aprofundem os estudos sobre a China no Brasil, a fim de que se possa ter um corpo técnico e acadêmico plural e interdisciplinar que esteja apto a discutir e auxiliar na tomada de decisões relacionadas à relação bilateral.
No texto, os signatários, que abarcam acadêmicos, jornalistas, diplomatas, executivos, entre outros profissionais, deixam claro que a relação sino-brasileira é uma política de estado, que se expressa em diferentes mecanismos de diálogo e trocas, sejam estas bilaterais, caso da Comissão Sino-Brasileira de Cooperação e Concertação (Cosban), ou multilaterais, que tem o BRICS como um dos exemplos. O grupo de países em desenvolvimento abarca, além de China e Brasil, Índia, Rússia e África do Sul. A cúpula dos BRICS de 2019, aliás, será realizada no Brasil, país que também receberá no próximo ano um escritório de representação do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, em inglês), a instituição cuja criação foi gestada durante a Cúpula dos BRICS de 2014, em Fortaleza, e que reúne os países dos BRICS.
A RBChina realizou o primeiro encontro na última semana, em Belo Horizonte, capital do estado brasileiro de Minas Gerais, nas dependências da Pontifícia Universidade Católica (PUC Minas). O evento teve também apoio da Embaixada da China no Brasil e da Associação de Amizade do Povo da China com os Países Estrangeiros, entidade vinculada ao Ministério de Relações Exteriores da China, que trouxeram ao país três acadêmicos para discutirem temas como o Cinturão e Rota, iniciativa chinesa que tem por objetivo apoiar a construção de infraestrutura em países estrangeiros e que já abarca a América Latina, as mudanças institucionais e constitucionais por que passou a China recentemente e os investimentos chineses na América Latina.
Em dois dias de evento, os brasileiros também apresentaram seus temas de pesquisa sobre o gigante asiático e seus campos de atuação profissional, incluindo cultura, negócios, economia, relações sino-brasileiras e impactos da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, entre outros temas. No ano que vem, a RBChina irá se reunir na Universidade de Campinas (Unicamp), uma das mais prestigiosas do Brasil e que fica no Estado de São Paulo. A data do próximo encontro ainda não está confirmada.
Agência Xinhua
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