O presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Alagoas (Sindjornal), Izaías Barbosa, afirmou, na tarde desta terça-feira (13), que o sindicato não tem o número exato de profissionais demitidos do jornal impresso Gazeta de Alagoas após o veículo de comunicação anunciar que não seria mais diário, e sim um semanário. Porém, ele afirmou que a quantidade é de cerca de 30 jornalistas.
“Temos que olhar nos nossos arquivos para saber quem ficou e quem saiu”, disse o presidente do sindicato à reportagem da Tribuna. Izaías Barbosa também disse que a função do sindicato, agora, é orientar os profissionais demitidos do que fazer diante de toda a situação, como, por exemplo, cobrar as devidas indenizações e direitos trabalhistas.
Barbosa cita que o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) dos funcionários da Gazeta, por muito tempo, não foi pago pela Organização Arnon de Mello (conglomerado de mídia que possui o jornal Gazeta de Alagoas). “Por causa de FGTS não pago, já foram três processos do sindicato contra a Organização Arnon de Mello. Fora isso, lá também não se paga hora extra desde o ano de 2015. Agora, o que pedimos é que a empresa cumpra suas obrigações e pague todos os direitos do trabalhador”, afirmou o presidente.
Izaías Barbosa exalta que os funcionários do jornal impresso Gazeta de Alagoas, mesmo sem receberem integralmente o que tinham direito, sacrificaram-se por muito tempo pela empresa. “Por exemplo, muita gente precisava de Fundo de Garantia para dar entrada em compra de casa, e não tinha dinheiro lá. Mesmo com direitos retirados, eles estavam lá trabalhando e, no final, a contrapartida da empresa ainda foi colocá-los para fora”, declarou o presidente do Sindjornal.
Quanto aos funcionários gráficos da Gazeta de Alagoas, a informação que se tem é que deverá ter uma reunião nesta quarta-feira (14) para se chegar a uma decisão sobre esses trabalhadores.
ENTENDA
Na edição do último fim de semana (10 e 11), o jornal Gazeta de Alagoas trouxe o anúncio a leitores e anunciantes de que mudaria o modelo de veiculação diário para semanário. Após o anúncio, Sindjornal e Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) manifestaram posicionamento.
“Neste momento desolador para a história do jornalismo alagoano, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Alagoas (Sindjornal) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) manifestam total e irrestrita solidariedade a todos que fazem parte da Organização Arnon de Mello (OAM), em especial aos que trabalham, diariamente, no jornal Gazeta de Alagoas”.
Por: Tribuna Hoje-AL
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