A informação foi confirmada ao GLOBO pelo cirurgião Antonio Luiz Macedo, médico do Hospital Albert Einstein, de São Paulo, por um mensagem de WhatsApp, após ele ter deixado a casa de Bolsonaro sem falar com a imprensa. Questionado se o candidato poderia ir a debates e atos de campanha, o cirurgião respondeu: "depende dele."
Um nota oficial, divulgada nesta quinta-feira após a visita de cerca de duas horas, informou que Bolsonaro foi submetido a uma avaliação médica multiprofissional, de exames de imagem e laboratoriais, que se mostraram estáveis. "Apresenta boa evolução clínica e a avaliação nutricional evidenciou melhora da composição corpórea, mas ainda exigindo suporte nutricional e fisioterapia", registra o comunicado. A nota foi complementada quarenta minutos depois informando que a colostomia ainda "permanece como fator limitante relativo".
Nesta quarta-feira, Bolsonaro saiu de casa e se encontrou com o cardeal arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, na Arquidiocese do Rio. Em seguida, visitou a sede da Polícia Federal, na Zona Portuária do Rio. Lá, cumprimentou apoiadores, manteve o suspense sobre a participação nos debates e destacou que está "com a mão na faixa" da Presidência.
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Na ocasião, Bolsonaro admitiu que não ir aos debates é estratégia de campanha já usada por candidatos em outras eleições, citando o ex-presidente Luiz Inácio Lula de Silva. "Agora vou debater com um cara que é um poste e um pau mandado do Lula? Tenha santa paciência", disse. "Política é estratégia, lógico."
Bolsonaro foi alvo de um ataque a faca, no dia 6 de setembro, em Juiz de Fora, cometido por Adélio Bispo de Oliveira, foi autuado em flagrante pela Polícia Federal com base na Lei de Segurança Nacional . O candidato do PSL recebeu alta do hospital Albert Einstein em 29 de setembro depois de passar 23 dias hospitalizado.
No dia 25 de setembro, o cirurgião já havia falado ao GLOBO que Bolsonaro estava em "ótimas condições" e poderia ir aos debates se quisesse. No dia 1° de agosto, também em conversa com a reportagem, voltou a dizer que não via problema na participação se o candidato mantivesse um bom estado de saúde.
Adversário de Bolsonaro no segundo turno, Fernando Haddad (PT) tem explorado na propaganda eleitoral e, durante entrevistas, que o seu rival tem receio de debater por não ter propostas para o país.
Há ainda dois debates agendados entre presidenciáveis na televisão, o da Record, neste domingo, dia 21, às 22h; e o da TV GLOBO, no próximo dia 26 de outubro, às 21h30min.
Por: O Globo
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