“Estamos a 10 dias do segundo turno. Se a Justiça tomar providências, podemos ter menos desequilíbrio no segundo turno do que teve no primeiro”, afirmou Haddad. “O que aconteceu já é muito grave. Muitos parlamentares, uma parte do novo Congresso, foram eleitos com base nessa emissão de mensagens. Santinhos foram distribuídos em massa. É uma Justiça analógica para um crime digital.”
Ele lamentou ataques feitos por eleitores de Bolsonaro à jornalista autora da reportagem. “Meu adversário não convive bem com jornalismo livre. Nós nem temos jornalismo livre”, declarou Haddad, criticando a concentração dos veículos de comunicação.
Haddad também fez críticas à elite brasileira (que em parte apoia Bolsonaro). “Trata-se de um momento difícil porque a elite, que durante dois anos procurava o seu (Emmanuel) Macron (presidente da França), nos entregou Jair Bolsonaro, tamanha desproporção que existe entre um estadista, do qual você pode divergir, e uma pessoa que figura entre os piores parlamentares da história republicana.”
Sobre a afirmação de Bolsonaro, de que o candidato do PSL já está “com a mão na faixa presidencial”, Haddad classificou de “arrogância de quem é inexperiente”.
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