A partida teve polêmicas causadas por interpretações do árbitro Wagner do Nascimento Magalhães (RJ) em relação a lances apontados pelo árbitro de vídeo (VAR). O gol do Corinthians saiu de um pênalti no qual o árbitro deixou passar um lance em que Ralf engatou o pé na perna de Thiago Neves para cair na área. Depois de consultar o VAR, Magalhães voltou atrás e deu pênalti, convertido por Jádson. Aos 24 minutos da etapa final, Pedrinho fez um golaço, mas o árbitro consultou o VAR para checar uma falta de Jádson em Dedé na origem na jogada e, ao confirmar a falta, anulou o gol. A ‘Central do apito’ do SporTV, comandada pelo ex-arbitro Paulo César de Oliveira, recomendava que não se marcasse o pênalti e afirmava que houve mesmo falta em Dedé.
HISTÓRICO
O Cruzeiro quebrou uma escrita: até hoje, nunca um time havia conquistado a Copa do Brasil por duas vezes seguidas. O time mineiro, além disso, assumiu sozinho o posto de maior vencedor da competição, com seis títulos – as outras foram em 1993, 1996, 2000, 2003 e 2017 –, superando o Grêmio (1989, 1994, 1997, 2001 e 2016).
Treinador do Cruzeiro, Mano Menezes chegou ao seu terceiro título na Copa do Brasil. Além do bi em 2017/18, ele também foi campeão em 2009, no comando do Corinthians. O treinador recordista em títulos é Luiz Felipe Scolari com quatro – 1991 (Criciúma), 1994 (Grêmio), 1998 e 2012 (Palmeiras).
Com o título, o Cruzeiro garantiu presença na Copa Libertadores de 2019.
JOGO
O Corinthians entrou em campo com uma escalação inédita, que incluía os atacantes Jonathas (apenas 8 jogos pelo time) e Emerson Sheik (de 40 anos). Clayson e Douglas acabaram barrados. No Cruzeiro, a única troca era na lateral-esquerda. Egídio, suspenso, deu lugar a Lucas Romero.
Como precisava de uma vitória por dois gols de diferença – ou de um gol para levar a decisão para os pênaltis – e jogava em casa, o Corinthians tentou tomar a iniciativa. Mas o Cruzeiro, bem fechado, não permitia finalizações contra o gol defendido por Fábio. O time mineiro, mais organizado, criou mais chances claras de gol e abriu o placar aos 28 minutos. Barcos recebeu de Rafinha e arrematou na trave esquerda de Cássio; Robinho marcou no rebote.
Na etapa final, aos 7 minutos, o árbitro Wagner do Nascimento Magalhães marcou um pênalti de Thiago Neves em Ralf depois de consultar o VAR. Jádson cobrou e empatou, aos 9 minutos. Aos 24, porém, Magalhães anulou um gol de Pedrinho ao apontar, com ajuda do VAR, uma falta de Jádson em Dedé na origem na jogada. O Corinthians insistia em jogadas aéreas e o Cruzeiro se segurava na defesa e tentava explorar contra-ataques. Deu certo aos 37 minutos: Raniel lançou e Arrascaeta arrancou livre para tocar na saída de Cássio: 2 a 1 para o time mineiro. O jogo tevfe sete minutos de acréscimos e, depois disso, os cruzeirenses puderam comemorar o hexacampeonato em pleno Itaquerão.
CORINTHIANS 1 x 2 CRUZEIRO
Corinthians: Cássio; Fagner, Léo Santos, Henrique e Danilo Avelar; Ralf e Gabriel (Matheus Vital); Emerson Sheik (Clayson), Jadson e Ángel Romero; Jonathas (Pedrinho). Técnico: Jair Ventura
Cruzeiro: Fábio; Edílson, Dedé, Léo e Lucas Romero; Henrique e Ariel Cabral; Thiago Neves (Lucas Lima), Robinho e Rafinha (Arrascaeta); Barcos (Raniel). Técnico: Mano Menezes
Gols: Robinho (28-1º), Jádson (10-2º), Arrascaeta (37-2º)
Cartões amarelos: Emerson Sheik, Fagner, Ralf, Gabriel, Clayson, Rafinha, Thiago Neves, Robinho
Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhães (RJ)
Público: 45.978 (pagante), 46.571 (total)
Renda: R$ 5.108.151
Local: Itaquerão, em São Paulo, quarta-feira
CAMPEÕES DA COPA DO BRASIL
6 vezes
Cruzeiro: 1993, 1996, 2000, 2003, 2017 e 2018
5 vezes
Grêmio: 1989, 1994, 1997, 2001 e 2016
3 vezes
Flamengo: 1990, 2006 e 2013
Corinthians: 1995, 2002 e 2009
Palmeiras: 1998, 2012 e 2015
1 vez
Criciúma: 1991
Internacional: 1992
Juventude-RS: 1999
Santo André-SP: 2004
Paulista-SP: 2005
Fluminense: 2007
Sport: 2008
Santos: 2010
Vasco: 2011
Atlético-MG: 2014
Por: Bem Paraná
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