Neste domingo (2), os postos de combustíveis amanheceram lotados, com grandes filas de carros formadas. A situação ganhou um apelo maior porque neste fim de semana os preços da gasolina e do diesel para o consumidor final subiram, e o do etanol voltou a avançar depois de 11 semanas seguidas de queda.
Além disso, o presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape, Carlos Vilar, informou, por meio de nota, "que as atividades no porto estão normalizadas. A circulação de caminhões está fluindo de forma tranquila e não existe qualquer sinal de paralisação ou tumulto".
Em consequência da situação, o porto, que não tem atividades aos domingos, precisou ser aberto para atender à demanda crescente de postos que estão sem combustível após a ida massiva aos estabelecimentos.
"Todos os postos estão preparados para um final de semana com as vendas normais, então cabe à população ter de tranquilidade porque esse movimento de ir aos postos, sem necessidade de abastecimento, só vai trazer tumulto. Amanhã pode ser que alguns postos amanheçam sem combustíveis, não pela suposta greve e sim pela demanda muito maior do que o normal de um posto de gasolina", declarou o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Pernambuco (Sindicombustíveis-PE), Alfredo Ramos, que participou da coletiva realizada na manhã deste domingo.
O G1 tentou contato com a rede de postos que teria divulgado o alerta nas redes sociais para confirmar a veracidade do post, mas não obteve retorno até o momento. O secretário de Justiça, Pedro Eurico, classificou a ação como “criminosa e leviana” e adiantou que os responsáveis pela empresa serão notificados pela Secretaria e pelo Procon.
Fiscalização
O Procon informou que vai iniciar, na segunda-feira (3), uma série de fiscalizações em postos de combustíveis, para verificar se está sendo praticado abuso no preço da gasolina. Se constatadas irregularidades, os responsáveis poderão ser multados e os estabelecimentos, interditados.
Investigação
A Polícia Civil de Pernambuco declarou, também neste domingo, que vai abrir uma investigação para apurar o que motivou a rede de postos a divulgar a suposta paralisação nas redes sociais.
"Difundir falso alerta, criando tumulto ou pânico, é crime previsto na Lei de Contravenções Penais. A PCPE também irá apurar se houve algum crime praticado contra economia popular, como a prática de preços abusivos, pelos postos de combustíveis de todo o Estado, quando a população formou filas para o abastecimento. A Delegacia do Consumidor irá coordenar as ações", diz o texto.
Por: G1 PE
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