Orelhão quebrado há meses, em frente ao Atacado Sanfrancisco, na Quadra 12 (Foto: Lúcia Xavier)
Em Petrolândia, situada a quase 500 km da capital Recife, a democratização do acesso à telefonia móvel, em celulares e smartphones, junto com o crescimento da Internet via rádio e cabo, fizeram alguns produtos se tornarem obsoletos e alguns até saírem de cena, como os aparelhos de fax, hoje em desuso. Outro meio de comunicação que perdeu espaço foi o telefone fixo, encontrado em poucas residências, atualmente. Mas, nada se compara ao que aconteceu com o telefone público, o popular orelhão, depredados desde sempre e mais desprezados do que nunca.
O orelhão da foto, situado na Avenida Auspício Valgueiro Barros, em frente ao Atacado Sanfrancisco, na Quadra 12, está quebrado há meses, talvez anos, pois funcionava durante curtos períodos. Por algum tempo, era apenas um, depois virou par, mas não demorou em operação. O equipamento foi depredado e, no lugar, ficou só o monumento ao desperdício de dinheiro, à falta de educação e ao desrespeito com a necessidade alheia, porque ainda existem pessoas que precisam de telefone público.
Há algumas décadas, havia filas para usar telefones públicos, num tempo em que o acesso à telefonia fixa era burocratizado e (muito mais) caro, a telefonia móvel não existia ou era luxo e a maioria da população não podia ter nenhuma delas. Hoje, já existem jovens que nunca precisaram comprar cartões telefônicos (ainda são vendidos na cidade?) nem usar um orelhão para resolver algo na vida.
Em Petrolândia, ainda há alguns orelhões ativos, mas a maioria continua à mercê do descaso e da depredação.
Redação do Blog de Assis Ramalho
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