Equipes começam a colocar tapumes, vigas e uma cobertura para proteger o que está dentro do prédio do museu nesta segunda (10). Peixes foram resgatados vivos em chafariz do museu. (Foto: Reprodução TV Globo)
O incêndio que destruiu grande parte do acervo do Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, na Zona Norte do Rio, completa uma semana neste domingo (9), mas segue sem respostas. Nesta segunda (10), começa o trabalho de estabilização da estrutura do prédio. Equipes foram contratadas para colocar tapumes, vigas de sustentação nas paredes e também uma cobertura para proteger o que está dentro do prédio do museu.
“Temos que estabilizar o prédio e restabelecer a estrutura do museu. O primeiro passo é ter o trabalho de estabilização concluído. Um tapume vai cobrir o o espaço ”, explicou o diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner.
O próximo passo é retirar dos escombros as peças do acervo que resistiram ao fogo, para então fazer um levantamento desses itens. “Nós temos pressa. Nós precisamos atuar o quanto antes para recuperar o acervo que está ali ainda. Novamente, eu estou otimista. É tempo de união. Graças ao grande esforço ”,afirmou Kellner.
Cerca de 1,5 milhão de peças, das coleções botânicas, de mamíferos e répteis, além de livros, estavam em outros prédios e não foram consumidos pelas chamas.
Neste sábado (8), a Polícia Federal anunciou que uma nova perícia aconteceria no museu realizada por agentes especializados em incêndios.
Uma semana depois da tragédia, flores ainda eram deixadas na estátua de D.Pedro II, que fica na entrada do museu.
Peritos identificam local de início do fogo
Os peritos já identificaram onde o fogo começou. Mas não divulgaram o local exato, para evitar especulações sobre a causa da tragédia. A investigação não descartou a hipótese de incêndio criminoso.
O esforço agora é pela reconstrução e pelo levantamento do acervo que escapou do fogo. Parte da coleção dos povos indígenas do Brasil foi preservada porque estava numa exposição em Brasília. São 262 peças expostas no memorial dos povos indígenas desde o dia 28 de agosto, cinco dias antes do incêndio.
“Alegria pequena diante da tragédia brutal que a gente viveu essa semana. Então, qualquer pedacinho de alegria a gente está se agarrando, e esse é um deles”, disse o subsecretário de Patrimônio Cultural, Gustavo Pacheco, ao comentar sobre a coleção que estava em Brasília.
Neste primeiro fim de semana depois da tragédia, muitos visitantes foram até a Quinta da Boa Vista para poder acreditar no que aconteceu.
Manifestações populares
No feriado da Independência (7), os visitantes que foram ao local também aproveitaram para protestar contra a ruptura com as origens do país que estavam guardadas no Museu Nacional. Os índios que vivem na região do Maracanã participaram da manifestação. Um antropólogo disse que a coleção com cerca de 20 mil peças dos primeiros habitantes do país foi destruída.
Em outros setores do museu, mais perdas de objetos ligados à nossa identidade. Na parte africana, por exemplo, o destaque era o trono do Rei do Daomé. No legado europeu, a coleção que pertenceu à imperatriz Teresa Cristina, mulher de Dom Pedro II: milhares de achados nas cidades de Pompéia e Herculano - objetos que resistiram às lavas do vulcão Vesúvio, na Itália há quase 2 mil anos.
Pela manhã, foi celebrada uma missa de desagravo ao museu na Igreja Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé, no Centro. A cerimônia cobrou mais atenção ao patrimônio histórico do país.
“Alegria pequena diante da tragédia brutal que a gente viveu essa semana. Então, qualquer pedacinho de alegria a gente está se agarrando, e esse é um deles”, disse o subsecretário de Patrimônio Cultural, Gustavo Pacheco, ao comentar sobre a coleção que estava em Brasília.
Neste primeiro fim de semana depois da tragédia, muitos visitantes foram até a Quinta da Boa Vista para poder acreditar no que aconteceu.
Manifestações populares
No feriado da Independência (7), os visitantes que foram ao local também aproveitaram para protestar contra a ruptura com as origens do país que estavam guardadas no Museu Nacional. Os índios que vivem na região do Maracanã participaram da manifestação. Um antropólogo disse que a coleção com cerca de 20 mil peças dos primeiros habitantes do país foi destruída.
Em outros setores do museu, mais perdas de objetos ligados à nossa identidade. Na parte africana, por exemplo, o destaque era o trono do Rei do Daomé. No legado europeu, a coleção que pertenceu à imperatriz Teresa Cristina, mulher de Dom Pedro II: milhares de achados nas cidades de Pompéia e Herculano - objetos que resistiram às lavas do vulcão Vesúvio, na Itália há quase 2 mil anos.
Pela manhã, foi celebrada uma missa de desagravo ao museu na Igreja Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé, no Centro. A cerimônia cobrou mais atenção ao patrimônio histórico do país.
G1 RJ
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