Ao longo de um mês e 10 dias intensos de campanha pelos quatro cantos de Alagoas, Collor reencontrou sua gente e conseguiu agregar uma grande legião de apoio popular, de diversos prefeitos e vereadores que sonham com um Estado com Justiça Social e têm a esperança em dias melhores.
Nas pesquisas eleitorais divulgadas pela imprensa, o nome de Collor seguia uma trajetória crescente, diminuindo a diferença para o outro candidato. Nas carreatas e caminhadas, o discurso de uma Alagoas com justiça tributária, sem perseguição ao povo trabalhador e o fim de uma era de opressão ganhava apoio da população que clama por liberdade.
Contudo, Collor destacou, no comunicado, que aceitou o desafio de sair candidato ao governo após ser procurado por um grupo representativo da política alagoana que, de forma coesa, fez o apelo para liderar uma frente de oposição ao grupo palaciano. Porém, o senador ressaltou que cumpriu sua palavra, mas era necessário, também, haver reciprocidade. "Na ausência dela, perde o sentido a missão a mim atribuída", expôs.
O candidato pelo PSOL, Basile Christopoulos, comentou, por meio de nota, a desistência de Collor e pediu aos alagoanos que não desistam de buscar uma nova opção. "Nós precisamos ter coragem para mudar Alagoas. Nossa candidatura vai resistir e convocamos as pessoas para que se unam a ela como forma de defesa da democracia em Alagoas. A eleição não terminou, essa não é uma eleição de candidatura única. Nós temos opção em Alagoas, temos escolha. O povo alagoano não deve ficar refém de uma família que quer se eternizar no poder".
Confira, abaixo, o comunicado de Collor aos alagoanos
Minha gente. A história desta nossa candidatura ao governo é de conhecimento de todos. Às vésperas da convenção, que ocorreu no último dia cinco de agosto, fui procurado por um grupo representativo da política alagoana. De forma coesa, unida, a mim dirigiu o apelo para assumir e liderar uma grande frente de oposição ao grupo governista. Percebendo a coesão, do grupo, em torno de compromissos para empunhar esta bandeira, aceitei a missão. Está na essência da democracia o exercício do contraditório, até para ofertar legitimidade ao eventual eleito. Todos sabem do meu destemor. Cumpro minha palavra, mas peço reciprocidade. Na ausência dela, perde o sentido a missão a mim atribuída. Sem unidade perde a candidatura o seu significado de existência. Deixo, portanto, a condição de candidato ao governo, ficando aqui o meu muito obrigado aos colaboradores e correligionários. À minha gente, que me recebeu com tanto carinho, o meu mais profundo sentimento de gratidão.
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