O Hino da Independência é uma canção patriótica oficial que comemora nossa declaração de independência de Portugal e foi Hino do Império do Brasil. Sua melodia foi composta em 1822 pelo Imperador Dom Pedro I (Queluz, 12 de outubro de 1798 – Queluz, 24 de setembro de 1834), e sua letra foi escrita pelo poeta, jornalista, político e livreiro Evaristo da Veiga (Rio de Janeiro, 8 de outubro de 1799 — Rio de Janeiro, 12 de maio de 1837), da escola do Romantismo.
Segundo diz a tradição, a música foi composta pelo Imperador às 4 horas da tarde do mesmo dia do Grito do Ipiranga, 7 de setembro de 1822, quando já estava de volta a São Paulo vindo de Santos.
Versão atual do Hino da Independência - Orquestra da OSESP
A História do Hino da Independência. Uma Letra com duas melodias. Qual a melhor versão?
O Hino da Independência, que muitos pensam ser de autoria única do Imperador D. Pedro I, tem uma série de fatos interessantes na sua história.
A letra do Hino foi escrita pelo livreiro, jornalista, político e poeta Evaristo da Veiga (1799-1837), em 16 de agosto de 1822, portanto, antecede alguns dias ao Grito da Independência. Com o nome inicial de “Hino Constitucional Brasiliense”, os versos foram musicados pela primeira vez pelo maestro lusitano Marcos Portugal (1760-1830), mestre da Capela Real, que veio para o Brasil a convite do príncipe regente, tornando-se seu professor de música. Nosso primeiro Imperador, após a proclamação da Independência, resolveu também colocar uma melodia na obra de Evaristo da Veiga. Nascia ali, o que seria o nosso conhecido Hino da Independência.
Mesmo considerado um músico de renome internacional, com uma vasta obra respeitada em Portugal e no Brasil, Marcos Portugal não iria ser páreo para um imperador e sua versão foi sendo gradualmente esquecida. O mesmo não aconteceu com a melodia de D.Pedro. No rastro do poder do imperador, o Hino ficou bastante popular durante o período do primeiro império. Naquele tempo, embora de forma não oficial, chegou a ser utilizado como Hino Nacional. Dessa forma, muitos atribuíam a composição apenas ao imperador, fato que levou o autor da letra a reivindicar a sua legítima autoria. Os originais da obra se encontram hoje na seção de manuscritos da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro.
Com a queda de D. Pedro, o Hino foi sendo esquecido. Somente em 1922, durante o centenário da independência, voltou a ser executado com mais frequência, mas, dessa vez, com a versão de Marcos Portugal. Coube ao Ministro da Educação e da Saúde, Gustavo Capanema, durante a ditadura Vargas, resgatar a versão do nosso Imperador, ao nomear uma comissão para estabelecer definitivamente os hinos brasileiros de acordo com seus originais. Ganhou a versão de D. Pedro I, considerada, por alguns especialistas, bem mais simples do que a do seu mestre. Uma curiosidade: dessa comissão, fazia parte o famoso maestro Villa-Lobos.
Evaristo Ferreira da Veiga e Barros, o autor da letra, foi um entusiasta defensor da causa da independência, nasceu no Rio de Janeiro, em 1799, onde também faleceu em 1837. Foi destacado jornalista, político, um dos principais líderes do Partido Liberal Moderado e também um dos proprietários do jornal Aurora Fluminense. Eleito deputado, em 1830, por Minas Gerais, curiosamente, participou ativamente do golpe de 7 de abril de 1931, que conduziu o Imperador Pedro I à abdicação. Com a criação da Academia Brasileira de Letras, foi escolhido por Rui Barbosa como patrono da cadeira de número 10.
O vídeo abaixo, do INESP, apresenta um documentário onde é resgatada a versão do Hino composta por Marcos Portugal (foto direita). Qual a melhor versão?
Letra - Normalmente, as estrofes 3, 4, 5, 6, 8 e 10 são hoje omitidas quando o hino da Independência é cantado.
Veja letra completa abaixo.
HINO DO IMPÉRIO DO BRASIL (ATUAL HINO DA INDEPENDÊNCIA)
1
Já podeis da Pátria filhos,
Ver contente a Mãe gentil!
Já raiou a Liberdade
No Horizonte do Brasil,
Já raiou a Liberdade
Já raiou a Liberdade
No Horizonte do Brasil!
Refrão
Brava Gente Brasileira
Longe vá, temor servil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
2
Os grilhões que nos forjava
Da perfídia astuto ardil,
Houve Mão mais poderosa,
Zombou deles o Brasil.
Houve Mão mais poderosa
Houve Mão mais poderosa
Zombou deles o Brasil.
(Refrão)
3
O Real Herdeiro Augusto
Conhecendo o engano vil,
Em despeito dos Tiranos
Quis ficar no seu Brasil.
Em despeito dos Tiranos
Em despeito dos Tiranos
Quis ficar no seu Brasil.
(Refrão)
4
Ressoavam sombras tristes
Da cruel Guerra Civil,
Mas fugiram apressadas
Vendo o Anjo do Brasil.
Mas fugiram apressadas
Mas fugiram apressadas
Vendo o Anjo do Brasil.
(Refrão)
5
Mal soou na serra ao longe
Nosso grito varonil;
Nos imensos ombros logo
A cabeça ergue o Brasil.
Nos imensos ombros logo
Nos imensos ombros logo
A cabeça ergue o Brasil.
(Refrão)
6
Filhos clama, caros filhos,
E depois de afrontas mil,
Que a vingar a negra injúria
Vem chamar-vos o Brasil.
Que a vingar a negra injúria
Que a vingar a negra injúria
Vem chamar-vos o Brasil.
(Refrão)
7
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil:
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.
Vossos peitos, vossos braços
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.
(Refrão)
8
Mostra Pedro a vossa fronte
Alma intrépida e viril:
Tende nele o Digno Chefe
Deste Império do Brasil.
Tende nele o Digno Chefe
Tende nele o Digno Chefe
Deste Império do Brasil.
(Refrão)
9
Parabéns, oh Brasileiros,
Já com garbo varonil
Do Universo entre as Nações
Resplandece a do Brasil.
Do Universo entre as Nações
Do Universo entre as Nações
Resplandece a do Brasil.
(Refrão)
10
Parabéns; já somos livres;
Já brilhante, e senhoril
Vai juntar-se em nossos lares
A Assembleia do Brasil.
Vai juntar-se em nossos lares
Vai juntar-se em nossos lares
A Assembléia do Brasil.
(Refrão)
Fonte: YouTube TV Imperial e IME Exército, Wikipédia e Dr. Zem
Fonte: YouTube TV Imperial e IME Exército, Wikipédia e Dr. Zem
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