Em entrevista à Rádio Folha, de Roraima, ele afirmou que vai implantar o chamado modelo de capitalização para a Previdência.
Pelo sistema, explicou, cada trabalhador vai poupar para pagar a própria aposentadoria. De acordo com o candidato, o desconto previdenciário na folha de pagamento será obrigatório, para assegurar o pagamento do teto previdenciário de R$ 5 mil, garantido pelo governo.
Já quem quiser uma aposentadoria maior, afirmou, deverá fazer uma conta vinculada voluntária e aumentar a contribuição. O benefício extra final seria calculado com base no que foi poupado ao longo dos anos de trabalho.
“Haverá um teto de R$ 5 mil para todo mundo. O máximo que o governo vai garantir é R$ 5 mil. Quem quiser a mais contribui em uma conta vinculada”, afirmou.
Déficit público
Durante a entrevista, Ciro voltou a defender a cobrança de imposto sobre lucros e dividendos e também sobre herança.
Segundo ele, a aplicação da menor alíquota cobrada no mundo sobre lucros e dividendos garantiria ao Brasil uma receita de R$ 70 bilhões por ano.
“Só o Brasil e a Estônia não cobram imposto sobre o lucros e dividendos. Se cobrar a menor alíquota que o mundo cobra, tem aí R$ 70 bilhões”, disse.
Ao comentar sobre a taxação de herança, Ciro afirmou que a medida só seria adotada para heranças superiores a R$ 2 milhões e que isso garantiria mais R$ 30 bilhões em receitas para o governo.
Ele ainda criticou o grande volume de renúncias fiscais e disse que “um pente fino” nessas contas garantiria mais R$ 70 bilhões aos cofres públicos.
Para ele, essas três fontes de receitas seriam suficientes para cobrir o déficit das contas públicas e ainda sobraria recursos para investir em educação.
Venezuelanos
Ao falar sobre a crise dos imigrantes venezuelanos, Ciro afirmou que não é justo que o serviço público de Roraima seja desestruturado por causa da chegada dos venezuelanos, mas voltou a criticar quem quer a expulsão dos imigrantes.
“Eu vou ajudar vocês [Roraima] porque o Brasil é um país cristão, mas não aceitamos que uma pessoa morta de fome, que perdeu até sua pátria, seja tratado como cachorro por fascistas que estão hoje incitados ao ódio”, disse.
Recentemente, Ciro disse que sentiu vergonha de ser brasileiro quando soube dos episódios de violência contra imigrantes venezuelanos em Pacaraima (RR), na fronteira entre o Brasil e a Venezuela. Ciro classificou as agressões como “desumanidade” e “canalhice”.
Por G1 em Brasília e G1 RR
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