Candidato do PSL tem captado eleitor que rejeita o PT, mas tinha outra opção para o 1º turno. Alckmin tenta fazer o mesmo, mas não consegue.
Movimento contrário aconteceu com Jair Bolsonaro (PSL), que ampliou ainda mais a influência entre esse estrato de renda. O ex-capitão do Exército passou de 30% das intenções de voto para 41%. O mais provável, segundo analistas de pesquisas com quem o blog conversou, é que os votos antipetistas que estavam com Marina e Amôedo migraram para Bolsonaro, como voto útil – nas pesquisas, o voto da candidata da Rede aparece como o menos convicto entre os candidatos mais bem posicionados na corrida eleitoral.
Pelo movimento do eleitor, Bolsonaro – que está internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em SP, após ser esfaqueado durante ato de campanha em 6 de setembro – está conseguindo atrair de outros candidatos os votos daqueles que rejeitavam o PT, mas não tinham o candidato do PSL como primeira opção. Cerca de 30% dos eleitores se declaram antipetistas convictos, segundo o Ibope.
O candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, tenta fazer essa captação, mas ainda não conseguiu. A campanha tucana vai aumentar o tom das críticas a Bolsonaro e ao PT, na tentativa de brecar a migração do votos críticos ao petismo para Bolsonaro e capturar eleitores que não querem o PT, mas que estão ou migraram momentaneamente para Bolsonaro.
Alckmin manteve a mesma intenção de voto entre os mais ricos: 8%. Nas últimas eleições, o PSDB era o partido que tinha melhor desempenho entre os mais ricos e mais escolarizados, mas nesta disputa esse perfil de eleitor migrou para Bolsonaro. Tanto que Alckmin tinha, há cerca de 15 dias, o seu melhor desempenho entre os mais pobres, chegando a 9% dos que têm renda familiar de até 1 salário mínimo. Na pesquisa de ontem, porém, ele perdeu fôlego nessa faixa de eleitor, oscilando negativamente para 8% provavelmente perdeu votos para Fernando Haddad, que chega a 27% das intenções de voto entre os que têm renda mais baixa.
Os brancos e nulos também diminuíram entre os que são mais ricos: passaram de 12% para 8% enquanto os indecisos oscilaram positivamente: eram 3% agora são 5% dos que têm renda familiar acima de 5 salários mínimos.
Blog Julia Duailibi/Globo
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