No dia 1º de setembro comemora-se, em todo o país, o Dia do Profissional de Educação Física. Essa data foi escolhida por coincidir com o dia em que entrou em vigor a Lei 9696/98, que dispõe sobre a regulamentação da profissão e cria o Conselho Federal de Educação Física (CONFEF) e os Conselhos Regionais de Educação Física (CREFs).
A data deve ser celebrada, pois tivemos avanços da Educação Física nas últimas duas décadas. É preciso, entretanto, mais conscientização e participação dos profissionais nos rumos da profissão. Devemos sair da nossa zona de conforto. Temos que fiscalizar, denunciar, colaborar, debater e cobrar! Chega de omissão! Vamos discutir os problemas e soluções da nossa profissão! Com respeito, equilíbrio, sem intrigas e sem perder a amizade. O que todos nós precisamos é que nossa profissão seja cada vez mais respeitada e valorizada.
Só teremos conselhos profissionais com legitimidade e representatividade quando tivermos participação efetiva dos profissionais nas decisões da entidade. Em Pernambuco, por exemplo, menos de 5% dos profissionais votaram na última eleição do Conselho Regional de Educação Física da 12ª Região (CREF12/PE); além disso, não se consulta o profissional para absolutamente nada. Muitos profissionais nem sabem o papel do CREF. A sociedade, de maneira geral, é que não deve ter noção do que faz o Conselho Profissional.
O Sistema CONFEF/CREF deve ser bem mais eficiente, organizado, transparente e democrático. Precisa, em síntese, renovar as práticas, as pessoas e as ideias para valorizar o Profissional de Educação Física! As pessoas (físicas e jurídicas) pagam uma anuidade para um sistema que não funciona. Não atende a todos.
A Educação Física é uma profissão maravilhosa. Oferece diversas possibilidades. É possível trabalhar em escolas, universidades, academias, clubes, parques, praias, ao ar livre, Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), condomínios, gestão, assessoria, consultoria, lazer, recreação, performance, reabilitação, fitness, treinamento, esportes, jogos, lutas, capoeira, artes marciais, danças, etc.
O futuro exigirá, de nós profissionais, a união de tecnologias digitais, físicas e biológicas. É imprescindível renovação, proatividade, ética, coragem, pensamento crítico, inovação, equilíbrio, integração multiprofissional e interdisciplinar, criatividade, atualização constante, diálogo e colaboração.
O exercício profissional em Educação Física pautar-se-á, conforme Código de Ética, pelo princípio da Responsabilidade social. Precisamos, portanto, de engajamento e participação ativa de cada pessoa para resolver os problemas do bairro, da cidade ou do Conselho Profissional.
“O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons.” Martin Luther King.
* Lúcio Beltrão (foto) - Graduado em Licenciatura Plena em Educação Física (UPE), tem especialização em Educação Física Escolar e Residência Multiprofissional em Saúde Mental.
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