De acordo com o site Ranking de Competitividade, o estado ocupa a 15ª posição entre todas as unidades federativas no pilar que trata da educação, em 2017. Pernambuco ocupa a 16ª colocação em relação ao Índice de Desenvolvimento da Educação Básica no país.
Em 2016, o estado ocupou a 15ª colocação em relação à taxa de abandono do Ensino Fundamental. Em 2015, ficaram na 17ª posição nesse quesito.
Segundo dados do IBGE, coletados através da PNAD, o número de pessoas que de 15 a 29 anos que não trabalhavam, não estudavam e não faziam nenhum curso de qualificação entre 2016 e 2017, em Pernambuco, cresceu 9,6% entre 2016 e 2017. Das 2,2 milhões de pessoas nessa faixa etária, 32% delas estavam nessa situação.
Para o Diretor Regional do SENAI de Pernambuco, Sérgio Gaudêncio, o ideal para os estudantes seria unir a formação técnica ao Ensino Médio. “Eu acho que o caminho é você atrelar o ensino médio à formação técnica. E isso já existe, mas é muito pouco percebido”, defende.
Segundo o Gerente Executivo de Estudos e Prospectivas da CNI, Márcio Guerra, a educação profissional não elimina a necessidade da educação básica. “A educação profissional tem um papel na sociedade que ainda não foi descoberto. Existe um certo preconceito mas é preciso entender que a educação profissional não substitui a educação superior. E também a educação profissional não elimina a necessidade de educação básica”, afirma.
Diante disso, surge o questionamento: com as dificuldades encontradas, o sistema de educação está preparando os jovens para o mercado de trabalho da forma correta? Com isso, persistem os desafios, associados não apenas à necessidade de adequação dos currículos e das estratégias de aprendizado, mas também à falta de estrutura e de recursos para a transformação das redes de ensino.
Dados do Centro Europeu de Desenvolvimento da Formação Profissional revelam que, na Áustria e na Finlândia, países com grande tradição nesse aspecto, o percentual de jovens que cursam itinerários vocacionais é de cerca de 70%. Em países como Alemanha, Dinamarca, França e Portugal, essa participação excede os 40%.
Atualmente, 28 Escolas Técnicas Estaduais em funcionamento, com mais de 27 mil estudantes matriculados. São ofertados 35 cursos em 23 municípios distribuídos em 12 Regiões de Desenvolvimento que compõem o Estado. São oferecidos cursos nas seguintes áreas: Ambiente e Saúde; Informação e Comunicação; Gestão e Negócios; Infraestrutura; e Controle de processos industriais.
No Brasil, pesquisa realizada pela CNI, em janeiro de 2016, apontava a importância da educação para a consolidação da indústria do futuro no país. Entre as empresas industriais consultadas, 42% consideravam que uma das três principais medidas para acelerar a adoção de tecnologias digitais seria o investimento em novos modelos de educação e em programas de treinamento.
De acordo com uma pesquisa realizada pela PUC-Rio, entre dois indivíduos com a mesma escolaridade, aquele que optou pela educação profissional terá 21,7% a mais de renda na região Nordeste.
Na opinião da professora da Universidade de Brasília (UnB), Débora Baren, aliar a educação profissional ao ensino do país é criar profissionais mais preparados para as necessidades do mercado de trabalho hoje.
“As soluções dos problemas não são mais tão simples. Preciso de um administrador com habilitação em administração hospitalar conversando com um engenheiro e um da área de TI para desenvolver algo que realmente vai mudar a vida das pessoas. E o curso técnico pode ajudar o indivíduo a entender que não pode ficar só na teoria.”
Cerca de 80% dos estudantes que concluíram cursos técnicos no ano passado foram inseridos no mercado de trabalho já no primeiro ano. Dessa forma, a educação profissional é uma das saídas para combater o desemprego, que tem atingido níveis recordes no Brasil, principalmente, entre os jovens.
Agência do Rádio Mais
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