Havia uma preocupação do Governo do Estado que o assassinato de pessoas pertencentes à família Gaia pudesse detonar uma onda de revanchismos na região. Foi disseminado em Serra Talhada que José Oliveira, comerciante da cidade, teria sido alvo de ameaças por integrantes da família Gaia. Os boatos estavam fortes entre os habitantes, o que causou preocupação às autoridades policiais e ao MPPE.
Espalhava-se pela cidade o comentário de que a arma usada para matar membros da família Gaia pertencia ao comerciante, o que, na reunião, foi esclarecido ser inverdade, uma vez que tal arma já não era de posse de José Oliveira há vários anos. Foi assegurado, então, que em hipótese alguma existe vinculação do comerciante com o crime.
Dois integrantes da família Gaia, Micias e Heleno, relataram a angústia que vêm sofrendo por terem seus filhos assassinados, ao mesmo tempo em que negaram ter em mente qualquer pensamento de violência em relação a José Oliveira. Micias desabafou e pediu celeridade na apuração dos crimes. Heleno também afirmou que seus filhos nada fizeram, que suas mortes são injustas e que os responsáveis precisam ser condenados.
“A reunião foi proveitosa. Houve umcompromisso mútuo entre eles de que não haverá ataques de nenhum dos lados. Foi um pacto informal de paz”, comentou o promotor de Justiça Felipe Akel. “Foi uma postura inédita e preventiva da parte do MPPE para trazer clareza e fim a qualquer hostilidade que existisse”, concluiu.
O promotor de Justiça Rodrigo Amorim também fez uma análise positiva do encontro. “Demos às famílias a oportunidade de conversar e dissipar os conflitos. Eles aproveitaram bem o diálogo, houve cordialidade e elucidação de dúvidas”, avaliou ele. Também participou da reunião o promotor de Justiça Rafael Steinberger, que atua em Serra Talhada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários são publicados somente depois de avaliados por moderador. Aguarde publicação. Agradecemos a sua opinião.