quarta-feira, agosto 08, 2018

Conclusão das obras complementares à transposição na Paraíba tem novo prazo


O Ministério Público Federal e o Ministério Público da Paraíba, através do Comitê Gestor da Crise Hídrica, estipularam um novo prazo para que as obras complementares ao projeto de transposição das águas do Rio São Francisco em seu eixo leste, que estão sendo realizadas nos açudes de Camalaú e Poções, no Cariri do estado, sejam concluídas. No documento, que foi encaminhado ao Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) e à empresa que está realizando os serviços, é recomendado que a conclusão das obras aconteça até o dia 30 de setembro.

Recentemente, o próprio MPF emitiu um relatório em que foram apontados vários problemas na execução dos serviços e também os riscos aos quais os trabalhadores estavam expostos por conta das más condições de trabalho. Posteriormente, o Ministério Público do Trabalho (MPT) solicitou o embargo das obras até que todos os problemas fossem resolvidos. O embargo foi retirado e as obras foram retomadas, mas com o cronograma atrasado, já que a conclusão dos reparos nos dois reservatórios deveriam ter sido concluídos no começo desse mês de agosto.
Por conta da realização dessas obras, está suspenso desde o dia 2 de abril o bombeamento das águas do São Francisco para o estado da Paraíba, pelo eixo leste da transposição. O Açude de Boqueirão, que atende Campina Grande e mais 18 municípios da região e é um dos principais beneficiados com as águas do “Velho Chico”, está atualmente com pouco mais de 31% de sua capacidade de armazenamento. De acordo com a Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa), esse total de água armazenado no reservatório seria suficiente para o abastecimento por, pelo menos, mais dois anos, independente da retomada do bombeamento.

O coordenador do Dnocs, Alberto Gomes, disse que o órgão vai acatar a decisão que é fruto de uma reunião entre as instituições. Ele justificou ainda que as empresas responsáveis pela obra atrasaram o serviço por causa de fatores como a greve dos caminhoneiros e por isso um novo cronograma precisou ser estabelecido.

Por G1 PB, Campina Grande

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