Atividade faz parte da celebração pelo Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha (Fotos: Ray Evllyn)
Marta Almeida – técnica da coordenadoria de Igualdade Racial da SESES - foi a responsável pela palestra. Com explanação que passou pela saúde e violência obstétrica sofrida por mulheres negras, prevenção contra a violência à juventude negra e, também, as dinâmicas de formações que visam o enfrentamento ao racismo institucional. “A população como um todo deve ter acesso a estas informações, para que nós consigamos popularizar as peculiaridades deste segmento da sociedade e de como podemos ser agentes de combate ao racismo. As mulheres são as que mais sofrem com a violência obstétrica; em sua maioria, pessoas de periferia, que não recebem o tratamento devido no momento do parto. Além disso, os jovens negros de Pernambuco e do Brasil ainda não sentem a questão da cor como sendo uma batalha social. O que leva, muitas vezes, à revolta e violência”, explicou.
Em 2016, o Governo de Pernambuco assinou o decreto que institui o quesito raça-cor em todos os formulários do Estado, como parte do plano de enfrentamento ao racismo, ao tempo em que registra esta população oficialmente. O Estado também instituiu o mês de novembro como Mês da Consciência Negra.
“Para fortalecermos a população negra, somos obrigados a tratar a juventude; que está como tópico de alerta, quase que anualmente, no Mapa da Violência do Brasil. E, infelizmente, temos que conviver com situações como o preconceito sofrido por jogadores brasileiros negros, na última Copa do Mundo. Isso porque o negro está sempre em condição de inferioridade. No caso da mulher, ainda mais; porque une o preconceito com o machismo. E tudo isso ainda acontece no século XXI. Por isso que a proposta da coordenadoria de Igualdade Racial visa fomentar a autoestima e valorização da população negra, no estado de Pernambuco, para respaldar as demais secretarias e municípios, numa rede transversalizada de combate ao racismo”, completou a palestrante.
Mulher – Em referência ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, a situação da mulher negra foi sinalizada pela necessidade de promoção e visibilidade, para trazer a atenção de gestores e população em geral para as situações como padronização de beleza, vestimentas, estereótipos; bem como a questão social, que traz a mulher negra como trabalhadora formal ou informal, e como chefes de família.
De acordo com dados da Coordenadoria de Igualdade Racial da SJDH, o trabalho com a população negra do estado de Pernambuco acontece, também, nos territórios de maior vulnerabilidade, para dar às mulheres o empoderamento para que se sintam capazes de buscar formações, capacitações ou fazer de suas habilidades (trabalhos manuais, gastronômicos e afins) meios de vida.
A Coordenadoria participa, também, do Seminário Mulheres Negras e o Racismo Institucional: avanços e desafios. O evento acontece no próximo dia 31 de julho, no Teatro Arraial, das 8h30 às 12h e fecha a agenda de ações comemorativas do Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.
Serviço:
- Coordenadoria de Igualdade Racial: Praça do Arsenal da Marinha, s/nº, Bairro do Recife
Telefone: 3182-7642
- Seminário Mulheres Negras e o Racismo Institucional: avanços e desafios
Quando: 31/07/2018
Onde: Teatro Arraial – Rua da Aurora, 457, Boa Vista
Hora: 8h30 às 12h
Texto: Brenda Coelho/Ascom SJDH
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