Sintomas podem ser confundidos com outras doenças (dengue, gripe, malária, hepatite). Até o dia 30 de junho, foram notificados em Pernambuco 468 casos de leptospirose, um aumento de 17,29% em relação ao ano anterior.
Em Pernambuco, até o dia 30 de junho, foram notificados 468 casos de leptospirose (123 confirmações), um aumento de 17,29% em relação ao ano anterior (399 notificações). Em relação aos óbitos, já são 14 confirmações, enquanto que em 2017, no mesmo período, foram 13.
“O aumento nas notificações mostra a importância de continuarmos informando à população sobre as medidas de prevenção e também de reforçar com os serviços de saúde e com os municípios a necessidade da notificação e acompanhamento correto dos casos. Apesar da gravidade e da taxa de letalidade chegar a 40% no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, algumas medidas podem evitar novos casos e principalmente as mortes”, frisa o gerente de Zoonoses da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Francisco Duarte.
No caso de contato com água contaminada, a indicação é lavar bem a área do corpo com água limpa e sabão. O hipoclorito de sódio a 2,5% (água sanitária) mata as leptospiras e deve ser usado para desinfetar reservatórios de água (um litro de água sanitária para cada 1.000 litros de água do reservatório), locais e objetos que entraram em contato com água ou lama contaminada (um copo de água sanitária em um balde de 20 litros de água). Pessoas que trabalham na limpeza de lama, entulho e esgoto devem usar botas e luvas de borracha para evitar o contato da pele com água e lama contaminadas.
Também é importante ficar atento aos sintomas da doença: febre, dor de cabeça, dor muscular (principalmente nas pernas, na área das panturrilhas – batata da perna). Os sintomas podem aparecer até 30 dias após o contato com a água ou lama. Também podem ocorrer vômitos, diarréia e tosse. Nas formas graves, pode aparecer icterícia (pele olhos amarelos), sangramento e alterações urinárias.
“Apresentando a sintomatologia suspeita, é necessário procurar, de imediato, o serviço de saúde mais perto, não se esquecendo de relatar ao médico sobre o contato com água ou lama”, reforça Francisco Duarte.
Diário de Pernambuco
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