Professora Kelly morreu após ser 'atropelada' por cavalo durante tradicional Missa dos Vaqueiros, em Curaçá (Foto: Reprodução/ Redes Sociais)
Vaqueiros participam de cavalgada em Curaçá (Foto: Silvonei Viana)
De acordo com a polícia, Kelly Cristina Souza Gomes caiu e bateu a cabeça no chão, após o impacto com o animal. A professora foi levada para o Hospital Municipal Antônio Carlos Magalhães e morreu a caminho do Hospital de Urgências e Traumas, em Petrolina (PE), para onde seria transferida.
Kelly Cristina foi enterrada nesta segunda-feira (9), no Centro de Velórios, em Juazeiro. Amigos e familiares participaram da cerimônia. Entre eles, o professor André Mota, que contou ter encontrado com a vítima na vaquejada pouco antes do acidente.
"Uma companheira, meiga, assistente, tranquila. Sempre nos apoiando pedagogicamente. Inclusive, profissionalmente ela era nossa coordenadora pedagógica. Eu ainda acredito que o pior está por vir, que é retornar à escola e não encontrar nossa coordenadora pedagógica", contou André.
Em nota, a prefeitura de Curaçá lamentou a morte da professora Kelly Cristina. No comunicado, a prefeitura informou que a cidade foi sinalizada mostrando os lugares apropriados para os pedestres e também os lugares exclusivos para a passagem dos animais. A prefeitura disse ainda que fez um trabalho de conscientização com os vaqueiros em relaçao à segurança, mas que não tem como conter os excessos.
A festa
Homens montados em cavalos e vestidos com trajes de couro saíram em cavalgada pelas ruas de Curaçá, no domingo, durante a tradicional Missa dos Vaqueiros. A festa é realizada há 65 anos.
A missa reúne a cada ano aproximadamente 5 mil pessoas. No ano passado, a Assembleia Legislativa da Bahia aprovou um projeto de lei que tornou a Festa do Vaqueiro, Patrimônio Cultural Imaterial da Bahia.
O roteiro da cavalgada terminou na Praça do Teatro Raul Coelho, local em que a Missa dos Vaqueiros foi realizada. A missa foi celebrada por Dom Beto, Bispo de Juazeiro. No ofertório foram oferecidos o leite, o queijo e a carne de bode, alimentos que dão energia para os vaqueiros enfrentarem o trabalho na caatinga.
Por G1 BA
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