Em Pernambuco, no ano de 2017, foram vacinadas 82% das crianças abaixo de 1 ano (118.860 meninos e meninas). Contudo, a meta mínima nacional é de 95%. Dos 184 municípios pernambucanos, mais Fernando de Noronha, 63 atingiram a meta. Outros 5 estão com cobertura abaixo de 50%, o que, segundo o Ministério da Saúde (MS), aumenta o risco de reintrodução da doença no país.
“Estamos há 20 anos sem registrar poliomielite em Pernambuco. Contudo, sabemos da ocorrência da doença em países da África e do Oriente Médio. Com o fluxo de turistas entre os países, existe a possibilidade de reintrodução da pólio em território nacional, por isso a importância da vacinação, que é gratuita e disponibilizada permanentemente nos postos de saúde”, reforça a coordenadora do Programa Estadual de Imunização da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Ana Catarina de Melo.
Além de lembrar aos pais e responsáveis da importância de levar as crianças para serem vacinadas nos postos de saúde, a coordenadora do Programa Estadual de Saúde também afirma que, sistematicamente, dialoga com os municípios sobre as coberturas vacinais. “A diminuição no público vacinal contra a poliomielite e também de outras vacinas é uma questão enfrentada em todo o país. Por isso, fazemos o monitoramento constante e conversamos com os municípios para saber quais estratégias podem ser utilizadas para reverter a situação. Também relembramos aos gestores municiais que é essencial manter os sistemas de informação atualizados, para não haver divergência entre a realidade e os números apresentados", pondera. A coordenadora ainda lembra que em agosto será realizada uma campanha nacional para proteger crianças de 1 ano a menores de 5 anos contra a poliomielite e o sarampo.
A vacina contra a poliomielite é disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e deve ser aplicada aos 2, 4 e 6 meses, na forma injetável, além dos 15 meses e 4 anos, da forma oral. “As crianças precisam completar o esquema para estar imunizada. Os meninos e meninas vacinados com a dose oral ainda produzem o que chamamos de ‘imunidade de rebanho’, já que eles espalham no ambiente o vírus vacinal, o que ajuda numa imunização coletiva”, frisa Ana Catarina.
TRÍPLICE VIRAL – Além da poliomielite, o país também está em alerta para o sarampo, que foi reintroduzido em território nacional e já está causando surtos no Norte brasileiro. Em Pernambuco, foram registrados 199 casos de sarampo em 2013 e 27 em 2014, último ano de ocorrência.
Para evitar o sarampo, a indicação é utilizar a vacina tríplice viral, que ainda protege contra a rubéola e a caxumba. A vacina tríplice viral deve ser aplicada em crianças com 12 meses, com um reforço aos 15 meses com a tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela). Para crianças acima de 2 anos, além de jovens e adultos até os 29 anos, não vacinadas anteriormente ou que não se lembram, devem ser feitas 2 doses da tríplice viral, com intervalo de 30 dias entre elas. Adultos entre 30 e 49 anos (não imunizados ou que não lembram) devem tomar uma dose da tríplice. Profissionais de saúde não vacinados devem tomar duas doses com a vacina tríplice viral, independente da idade. É importante que a população vá a um posto de saúde, munido da caderneta de vacinação, para saber se é preciso fazer a atualização de alguma dose.
SES
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários são publicados somente depois de avaliados por moderador. Aguarde publicação. Agradecemos a sua opinião.